
A ind�stria automobil�stica deve retomar o crescimento a partir do quarto trimestre deste ano, com a expectativa de melhora da economia, estima Luiz Moan Yabiku J�nior, presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea).
“Tor�o para que as quest�es pol�ticas sejam rapidamente resolvidas e que parem de contaminar a economia, sem partidarismo, sem ideologia. Todos n�s temos que pensar no pa�s”, declarou durante o 7º F�rum da Ind�stria Automobil�stica, na capital paulista.
Moan, que deixa o cargo na Anfavea no pr�ximo m�s, disse ter consci�ncia de que faria a gest�o da associa��o durante um per�odo de crise, uma vez que os altos e baixos do setor costumam ser c�clicos. “J� t�nhamos ultrapassado, em termos de crescimento, sete anos. Mas n�o podia imaginar uma crise t�o profunda como estamos vivendo”, .
Os resultados de vendas absolutas no m�s de mar�o ficaram abaixo da expectativa com o agravamento da crise econ�mica, afirmou. Segundo ele, o setor dever� fechar com 20% a 25% de aumento em rela��o a fevereiro, um desempenho ruim - em fevereiro, o feriado do carnaval e o menor n�mero de dias �teis reduzem as vendas. “N�s erramos a previs�o. A proje��o inclu�a aumento na media di�ria [de vendas], o que n�o aconteceu”, explicou.
A proje��o de crescimento de 8,1% nas exporta��es est� mantida. A renegocia��o do acordo comercial com a Argentina, que vence em junho, leva expectativa ao mercado. “Queremos um acordo de longo prazo e que gere previsibilidade para ambos os lados. Neste momento, n�o sabemos qual o desfecho dessa negocia��o, estamos trabalhando para um acordo de livre com�rcio”, declarou. O mesmo � esperado para o M�xico, cujo acordo vence daqui a um ano e meio.
Quanto ao emprego, Moan garantiu que as ind�strias associadas t�m buscado a manuten��o dos postos de trabalho. Em fevereiro, 42 mil funcion�rios foram colocados no regime do Programa de Prote��o ao Emprego (PPE), lay off ou f�rias coletivas. Foram demitidos 15 mil trabalhadores.
Os investimentos por parte das associadas, que se comprometeram a investir R$ 85 bilh�es no per�odo de 2012 a 2018, tamb�m seguem mantidos. “N�o houve recuo. H� preocupa��o com o cen�rio de m�dio prazo, mas n�o h� duvidas no longo prazo. Quando o mercado retomar, quem cortar investimento estar� fora do jogo”, disse Moan.