O FMI afirma que a situa��o das empresas do Brasil piorou em diversos indicadores. A alavancagem aumentou, os lucros ca�ram, a liquidez de caixa se reduziu e a taxa de cobertura (indicador que mostra a rela��o entre lucros e pagamentos de juros) teve retra��o, sinalizando que as companhias est�o usando maior parte dos ganhos para fazer face aos servi�os da d�vida. "As empresas n�o financeiras v�m acumulando vulnerabilidades nos �ltimos anos", destaca o texto, que cita a Petrobras.
A petroleira tem tido aumento das taxas para tomar recursos e a preocupa��o sobre repagamentos da companhia podem tamb�m estar pressionando a avalia��o de risco soberano. Essa pode ser uma das raz�es de pap�is da d�vida brasileira estarem embutindo pr�mios maiores do que o sugerido pelo rating do pa�s. As taxas do Credit Default Swap (CDS) do Brasil s�o as mais altas entre os pa�ses mostrados no documento, mesmo para mercados com piores classifica��es de risco, superando Turquia, Col�mbia e Vietn�.
Os indicadores dos bancos brasileiros ainda est�o s�lidos e a rentabilidade segue alta, apesar do aumento das provis�es para calotes e dA alta do custo de capta��o (funding). Al�m disso, as institui��es financeiras est�o bem provisionadas, com bons n�veis de capital e o risco de liquidez para o sistema parece ser baixo, afirma o relat�rio. O FMI, por�m, destaca que a recess�o prolongada, o aumento do desemprego e a queda dos lucros das empresas provavelmente v�o colocar press�o nos balan�os dos bancos.
O relat�rio nota que a alta da inadimpl�ncia j� vem sendo verificada em alguns segmentos, como agricultura e cart�es. H� ainda "sinais nascentes" de problemas mais amplos na qualidade dos ativos, particularmente no setor corporativo. O relat�rio ressalta que houve "not�vel aumento" nos pedidos de fal�ncia e recupera��o judicial no Brasil. Para o desemprego, o FMI projeta aumento importante da taxa no Brasil, passando de 6,8% em 2015 para 10,2% em 2017.
Infla��o
A infla��o persistentemente elevada no Brasil deixa pouco espa�o para corte de juros no Pa�s, afirma o FMI no relat�rio. Al�m disso, o documento alerta que o aumento dos n�veis de d�vida de empresas, principalmente estatais, pode comprometer o rating soberano e a Petrobras pode estar afetando a percep��o de risco do Brasil.
"Brasil e Turquia est�o lidando com persistentes press�es inflacion�rias, deixando pouco espa�o para flexibiliza��o da pol�tica monet�ria por causa do risco de que isso pode refor�ar a fraqueza da moeda", afirma o relat�rio do FMI.
Na medida em que piora a sa�de do setor corporativo dos emergentes, incluindo em pa�ses como o Brasil, press�es para refinanciamento de passivos podem ficar mais agudas, ressalta o FMI. Esse movimento pode gerar press�o nos ratings soberanos, j� que algumas destas empresas s�o estatais.
O texto cita como exemplo a Petrobras e destaca que preocupa��o e eventuais estresse sobre repagamenos da companhia podem tamb�m estar pressionando a avalia��o de risco soberano do Brasil, uma das raz�es do Credit Default Swap (CDS) do Brasil registrar taxas mais altas que a de outros mercados, incluindo com ratings piores que o brasileiro.