O FMI projeta d�ficit prim�rio de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 1,4% em 2017. O Pa�s s� deve voltar a ter super�vit em 2020, com estimativa dos economistas do Fundo de alcan�ar 0,9% do PIB.
Comparado a outros exportadores de commodities, o Brasil registrou pior deteriora��o do d�ficit nominal, que saltou para 10,3% do PIB em 2015, destaca o FMI. A piora do d�ficit foi puxada por fraca arrecada��o, por conta da recess�o da economia e do aumento dos juros, tudo isso em um contexto de "profunda turbul�ncia pol�tica e econ�mica", al�m dos pagamentos das pedaladas fiscais em dezembro.
O FMI projeta redu��o do d�ficit nominal brasileiro, mas o indicador vai seguir acima da m�dia mundial. Em 2016, este �ndice deve ficar em 8,7% do PIB e no ano que vem em 8,5%. A m�dia da Am�rica Latina � de d�ficit de 6,5% e 5,9% este ano e no pr�ximo. Na economia mundial, a m�dia � de 3,6% e 3,1% e na zona do euro, de 1,9% e 1,5%, respectivamente em 2016 e 2017.
Como reflexo da piora das contas p�blicas, a d�vida bruta brasileira, um dos principais indicadores de solv�ncia de pa�ses, saltou para 73,7% do PIB, ressalta o relat�rio. A proje��o do FMI, que considera no c�lculo os t�tulos do Tesouro detidos pelo Banco Central (que n�o s�o considerados na contabilidade do governo brasileiro), � que o indicador suba para 76,3% em 2016 e 80,5% do PIB em 2017. Em 2021, a rela��o d�vida/PIB vai superar os 90%, chegando a 91,7%. A m�dia da economia mundial este ano deve ser de 47,5%.
Recomenda��es
Para reverter a tend�ncia de deteriora��o dos n�meros, o FMI recomenda uma estrat�gia de consolida��o fiscal que resolva quest�es estruturais, como a rigidez de gastos p�blicos. "Apesar os esfor�os de consolida��o fiscal gerarem ventos contr�rios no curto prazo, eles s�o necess�rios para estimular uma reviravolta na confian�a e o retorno do pa�s ao crescimento."
A piora de indicadores fiscais e a deteriora��o da economia foram fatores que ajudaram pa�ses como Brasil, �frica do Sul, R�ssia e Ar�bia Saudita e terem os ratings soberanos recentemente rebaixados, ressalta o FMI.