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Estado de Minas

Desemprego entre executivos chega a 20% no Pa�s


postado em 14/04/2016 10:19 / atualizado em 14/04/2016 11:44

S�o Paulo - Se as estat�sticas gerais de desemprego no Brasil est�o hoje em cerca de 9%, a situa��o parece ainda mais dif�cil para os profissionais que atuam em cargos de m�dia e de alta gest�o. Levantamento da consultoria de recursos humanos brit�nica Hays, em parceria com a ESPM, aponta que 20% dos analistas, gerentes e presidentes de empresas instaladas no Pa�s chegaram ao fim de 2015 desempregados. O dado � o mais alto da s�rie hist�rica, iniciada h� cinco anos, e mostrou que o total de profissionais sem vagas nos mais altos n�veis hier�rquicos mais do que dobrou em um ano.

O estudo ouviu 3,2 mil executivos de 400 empresas de grande, m�dio e de pequeno portes pelo Brasil, com concentra��o de 83% das respostas na regi�o Sudeste. O universo dos entrevistados contemplou 32% de analistas e especialistas, 53% de coordenadores e gerentes e 15% de diretores e presidentes.

Sal�rios

O estudo mostrou tamb�m que, entre os entrevistados que se mantiveram no emprego, sete em cada dez tiveram perda real de sal�rio no ano passado. Segundo a pesquisa, 72% tiveram aumento salarial de at� 10% - abaixo do acumulado da infla��o oficial, de 10,67%. Em 2014, 46% dos entrevistados haviam tido perdas salariais.

Na opini�o da gerente s�nior da Hays, Caroline Cadorin, os dados s� vieram confirmar o que o mercado j� sentia na pr�tica. "� a realidade que a gente sente no nosso dia a dia. Essa � uma pesquisa que representa bem a realidade nacional e, no ambiente corporativo, mostra o movimento de corte de empregos e redu��o de custos para tentar contornar a crise."

Al�m da taxa de desocupa��o, Caroline chama a aten��o para uma movimenta��o que a executiva considera at�pica dentro das corpora��es, marcada sobretudo por um rearranjo organizacional. "A gente capturou um movimento de 'junioriza��o' de profissionais. Algumas empresas cortaram posi��es ocupadas por profissionais s�nior para substitu�-los por funcion�rios menos experientes, que ganham menos", diz Caroline.

Ao longo de 2015, 37,18% dos profissionais demitidos tinham acima de 51 anos. "Mas a estrat�gia teve seu pre�o. Algumas empresas observaram que a 'junioriza��o' traz uma economia imediata, mas n�o se sustenta no m�dio prazo", diz a especialista, que j� observa um retorno na procura por profissionais mais experientes para algumas vagas em aberto.

Outra tend�ncia, apontou a Hays, foram os ac�mulos de fun��o. "O que percebemos � que o mercado teve muita movimenta��o lateral, pessoas assumindo mais �reas, mas sem reflexo no aumento de sal�rio", ressalta a gerente da Hays.

Benef�cios

Para compensar a falta de atratividade dos programas de remunera��o, as empresas t�m ampliado benef�cios. Segundo Gabriel Vouga Chueke, coordenador do Observat�rio das Multinacionais Brasileiras da ESPM, a pesquisa retrata o retorno de algumas pol�ticas, como a de oferta de carros corporativos. "Houve um curioso aumento de 26% de oferta de carros corporativos entre 2014 e 2015. O trabalho remoto tamb�m cresceu bastante: 10%."


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