
No primeiro dia ap�s a posse, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse qual ser� o receitu�rio para sair da crise econ�mica: "ser�o medidas duras, por�m necess�rias", resumiu o ministro, que n�o adiantou, nesta sexta-feira, quais devem ser as propostas para reverter o crescimento do d�ficit fiscal - estimado para este ano, pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, em torno de R$ 96 bilh�es-, e tamb�m voltar a crescer e, com isso, diminuir as taxas de desemprego, hoje na casa dos 8,5%.
Meirellles disse aos jornalistas do Bom Dia Brasil, da TV Globo, que por enquanto n�o h� medidas concretas para anunciar, porque est� primeiro fazendo um levantamento das contas p�blicas. Mas prometeu: "dizer a verdade, qual � a realidade". De acordo com ele, a prioridade do governo � reverter o crescimento do d�ficit p�blico. Segundo ele, n�o h� outra sa�da para conter o rombo sen�o cortar despesas. Perguntado se isso poderia refletir em cortes em programas sociais, o novo ministro n�o entrou no m�rito da quest�o.
Meta realista
Meirelles disse que as "despesas do governo t�m diversos componentes", dando os exemplos dos subs�dios e da chamada "bolsa-empres�rio"- que s�o as desonera��es a alguns setores da economia. "Vamos cortar despesas e privil�gios", respondeu o ministro. Meirelles insistiu que a prioridade das prioridades do atual governo � " reverter essa trajet�ria", se referindo ao d�ficit fiscal. "Vamos estabelecer uma meta realista, que seja cumprida, que possa servir de base para as despesas p�blicas", afirmou.
Para o o novo ministro a Fazenda, o estado brasileiro "ser� solvente no futuro". Para tanto, descartou de imediato o aumento de impostos. A volta da CPMF, proposta em tramita��o no Congresso Nacional, dever�, segundo Meirelles, ser deixada em banho-maria at� que o governo resolva se vai querer implementar o outrora "imposto do cheque".
Gastos
Meirelles disse que a primeira medida econ�mica da sua gest�o ser� implementar um sistema de controle dos gastos que impe�a o crescimento real (acima da infla��o) das despesas p�blicas. Ele classificou esse sistema de "nominalismo" e defendeu o corte de gastos, al�m do fim dos privil�gios com recursos p�blicos.
Previd�ncia
Meirelles tamb�m tratou com cautela o tema da reforma da previd�ncia, que ele disse ser inevit�vel. O Minist�rio da Previd�ncia foi extinto pelo governo de Michel Temer e, em substitui��o, dever� ser criada uma secretaria sob o comando do Minist�rio da Fazenda. O ministro lembrou dos defensores da manuten��o do atual sistema previdenci�rio. "Manter? Tudo bem. Quem paga?", reagiu o ministro. Meirelles disse que h� v�rios estudos sobre a quest�o e caber� ao governo consolid�-los e enviar uma proposta ao Congresso. Ele adiantou que deve prevalecer, grosso modo, a tese da "idade m�nima com regra e transi��o".