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Estado de Minas

Parente v� Petrobras 'v�tima de quadrilha'

Ao tomar posse, novo presidente cr�tica gest�es anteriores e diz desconhecer se ainda h� corrup��o na companhia. Ele Defende tamb�m mudan�as na legisla��o do pr�-sal


postado em 03/06/2016 06:00 / atualizado em 03/06/2016 07:41

(foto: Shana Reis/Divulgação)
(foto: Shana Reis/Divulga��o)

Rio de Janeiro – O novo presidente da Petrobras, Pedro Parentem tomou posse ontem criticando as gest�es passadas na companhia e defendendo mudan�as nas regras de explora��o de petr�leo na �rea do pr�-sal. Parente elogiou o seu antecessor, Aldemir Bendine, mas criticou a gest�o dos demais presidentes da empresa durante os governos de Dilma e Luiz In�cio Lula da Silva. Sem citar os nomes de Jos� S�rgio Gabrielle e de Gra�a Foster, disse que, no passado, a empresa passou por uma fase de “euforia e triunfalismo”, que, segundo ele, “n�o servem mais para esconder o descalabro que ocorreu na companhia”.

A Petrobras foi “v�tima de uma quadrilha”, disse Parente, referindo-se ao esquema de corrup��o investigado pela Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal. “Mas essa condi��o de v�tima n�o pode ser encarada como sin�nimo de passividade. Continuaremos colaborando de maneira incans�vel com a Opera��o Lava-Jato”, disse. Parente disse n�o ter conhecimento se ainda h� focos de corrup��o na empresa. “N�o posso dizer o que n�o tenho conhecimento. O que posso dizer � que a empresa toma todas as medidas para buscar ind�cios entre fornecedores e funcion�rios que tenham praticado ou est�o praticando esse tipo de ato”, afirmou.


O presidente do conselho de administra��o da estatal, Nelson Guedes, destacou o trabalho desenvolvido pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie, contratada para liderar o comit� especial de investiga��o. O comit� trabalha h� um ano identificando irregularidades e, segundo Guedes, n�o h� data para a conclus�o do trabalho. Ele destacou ainda a atua��o da diretoria de governan�a corporativa, de Jo�o Ellek, no combate � corrup��o.


Em uma mudan�a em rela��o � gest�o anterior, o atual presidente da Petrobras refor�ou a posi��o favor�vel � mudan�a nas leis sobre a explora��o do pr�-sal. Segundo ele, o objetivo da companhia � acelerar a produ��o nas fronteiras do pr�-sal, dentro da nova racionalidade financeira da companhia. “Temos dois grandes objetivos. Um, urgente e fundamental, � o equacionamento da nossa d�vida. Precisamos trazer os n�meros da empresa para valores mais aceit�veis para qualquer empresa. � uma obriga��o primeira”, ressaltou Parente. “Outro objetivo � acelerar a explora��o e a produ��o dessa riqueza que est� no pr�-sal. Levando em conta esses dois objetivos, as demais quest�es t�m que se alinhar a isso”, completou.
Sobre as mudan�as na legisla��o, o executivo afirmou que o interesse da companhia � ter o direito de prefer�ncia. “N�o achamos que seja razo�vel que a empresa se veja obrigada a participar de explora��es que n�o seja adequado para seus interesses”, ressaltou. Segundo Parente, “a lei (do pr�-sal) n�o atende aos interesses da empresa ou do pa�s. Com a corrente situa��o financeira (da Petrobras), se (a lei) n�o for revista, vai retardar a explora��o do pr�-sal”. De acordo com ele, o pr�-sal atingiu 40% da produ��o nacional da empresa. “N�o podemos esperar mais e precisamos levar pr�-sal ao m�ximo”, afirmou.


Parente indicou ainda que n�o conversou sobre eventuais projetos de venda de ativos no pr�-sal, mas refor�ou que n�o vai se basear em “dogmas” na avalia��o de oportunidades de desinvestimentos. “A busca da fun��o social da empresa n�o pode se dar com preju�zo da responsabilidade financeira e econ�mica. Isso prejudicaria sua possibilidade de sobreviv�ncia, e amea�aria seu futuro. A fun��o social n�o pode ser a custa de projetos que n�o tenham retorno”, refor�ou.

Pre�os na bomba


A pol�tica de pre�os de combust�veis da Petrobras ser� constru�da como “um processo de aprendizado”, segundo Pedro Parente. O executivo afirmou que a pol�tica � determinada pela equipe da empresa e que o tema n�o foi discutido com o presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer. “A pol�tica de pre�os � determinada pelo ponto de vista empresarial da Petrobras. Isso tem a ver com as op��es de toda empresa com liberdade para fixar seus pre�os, ela olha competidores, custo e o passado. Dado que a experi�ncia recente n�o foi assim, � um processo de aprendizado que a gente quer transformar em algo natural”, afirmou Parente.


J� o modelo de desinvestimentos da Petrobras poder� priorizar parcerias de investimento e n�o somente a venda de ativos em negocia��o. De acordo com o novo presidente da estatal, Pedro Parente, o objetivo do programa de desinvestimento ser� identificar ativos que n�o afetem a estrat�gia de longo prazo da companhia. “Vamos trabalhar com vistas a identificar quais os ativos que de fato possam ser objeto de desinvestimento e que n�o prejudique o ponto de vista da empresa em rela��o a sua estrat�gia e no que � seu core business”, afirmou Parente. “Temos que contar com nossas pr�prias medidas e iniciativas num cen�rio em que o pre�o do petr�leo baixou de US$ 100 para US$ 50”, completou.


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