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Estado de Minas

Delegados promoviam negociatas contra o INSS


postado em 15/07/2016 06:00 / atualizado em 15/07/2016 07:39

Dezenas de agências da Previdência Social foram alvo de irregularidades investigadas por delegados que também receberam propinas(foto: Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press - 21/12/11)
Dezenas de ag�ncias da Previd�ncia Social foram alvo de irregularidades investigadas por delegados que tamb�m receberam propinas (foto: Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press - 21/12/11)

S�o Paulo – O Minist�rio P�blico Federal informou ontem que tr�s delegados federais, presos na Opera��o Invers�o, “transformaram a Delegacia de Combate a Crimes Previdenci�rios (Deleprev) em um balc�o de neg�cios e de impunidade”. De acordo com a Procuradoria, os delegados conduziam investiga��es para exigir propina. Um alvo da Deleprev teria feito pagamentos regulares. Os delegados da PF Ulisses Francisco Vieira Mendes, ex-chefe da Deleprev, hoje aposentado, Rodrigo Cl�udio de Gouvea Le�o e Carlos Bastos Valb�o, da mesma delegacia, foram presos pela Invers�o.

Ser� realizada, hoje, no F�rum Criminal Federal de S�o Paulo a audi�ncia de cust�dia com os investigados presos na opera��o. Segundo a Procuradoria da Rep�blica, os policiais teriam cobrado propina de at� R$ 800 mil para barrar opera��o da PF contra fraudadores da Previd�ncia. “Pesam contra eles v�rias provas de sua participa��o, inclusive obtidas com intercepta��o ambiental e a��es realizadas em seus gabinetes com autoriza��o judicial”, aponta a Procuradoria.

Para os procuradores da Rep�blica respons�veis pelo caso, “os investigados transformaram a Deleprev, que deveria atuar na apura��o de delitos previdenci�rios – que tanto sangram os cofres da Uni�o – num balc�o de neg�cios e de impunidade”. A Invers�o � uma opera��o conjunta do Minist�rio P�blico Federal e do Setor de Contra-Intelig�ncia da Pol�cia Federal.

Al�m da pris�o dos tr�s delegados, a Pol�cia Federal cumpriu outros 10 mandados de pris�o preventiva, referentes a seis intermedi�rios do esquema e a quatro investigados que teriam pago propina a policiais, entre 2010 e 2015, para evitar apura��o de crimes contra a Previd�ncia Social em que eram investigados. A Opera��o Invers�o foi desencadeada por ordem da 9ª Vara Federal de S�o Paulo.

O Minist�rio P�blico Federal sustenta que um dos presos, Marivaldo Bispo dos Reis, o Miro, dono de uma consultoria previdenci�ria, teria pago de R$ 500 mil a 800 mil, segundo relatos que constam dos autos, para paralisar uma opera��o policial que investigava sua atua��o, que envolvia fraudes em dezenas de ag�ncias do INSS em S�o Paulo e que movimentaria em torno de R$ 50 mil diariamente. Quatro pessoas ligadas a Miro foram alvo de condu��o coercitiva decretada pela Justi�a.

A investiga��o come�ou em agosto de 2015, quando uma advogada investigada na Opera��o Tr�nsito foi procurada por pessoas que falavam em nome de policiais dizendo que se ela pagasse uma propina de R$ 15 mil poderia se livrar da investiga��o. Pedido este que depois subiu para R$ 150 mil.

“Ela e o marido procuraram a Corregedoria da PF em S�o Paulo e denunciaram o esquema, trazendo cada vez mais provas do envolvimento de policiais, que passaram a ser investigados em a��es de contra-intelig�ncia policial", informou a Procuradoria da Rep�blica. At� conversas de WhatsApp entre os intermedi�rios e a v�tima de extors�o foram entregues � corregedoria, segundo a Procuradoria.


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