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Estado de Minas

Furnas recupera n�vel e volta a atrair turistas

Com o retorno aos �ndices de quatro anos atr�s, balne�rios �s margens da usina, hot�is, restaurantes e servi�os de lazer comemoram alta de at� 50% no movimento


postado em 16/07/2016 06:00 / atualizado em 16/07/2016 07:27

Barcos que levam turistas aos pontos mais procurados do lago já têm todos os horários preenchidos(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press)
Barcos que levam turistas aos pontos mais procurados do lago j� t�m todos os hor�rios preenchidos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press)
Depois da crise h�drica que baixou o n�vel dos reservat�rios brasileiros a condi��es cr�ticas, a chuva trouxe reden��o para o Rio Grande e ajudou na recupera��o do n�vel das �guas da Usina de Furnas, no Sul de Minas. Banhando 34 munic�pios, a paisagem do reservat�rio se transformou. O lago, antes seco, voltou a ser ocupado pelos esportes n�uticos, catamar�s e lanchas de passeio. O inverno ameno e a paisagem cercada por c�nions e �guas transparentes, cachoeiras e lagoas de cor verde-esmeralda, trouxeram de volta o turista.

O reservat�rio de Furnas atingiu 76,56%, seu maior n�vel dos �ltimos cinco anos. Em janeiro de 2013, em pleno per�odo chuvoso, o n�vel chegou a 32,25% e, em julho do ano passado, a 28,81%. No fim do ano passado, o n�vel despencou 16 metros, chegando a encostar no limite m�ximo: com 18 metros de queda � preciso desligar as turbinas da usina hidrel�trica. Os grandes bancos de areia, troncos retorcidos e paisagem des�rtica, vistos em 2015, quando a �gua sumiu, foram agora substitu�dos pela cheia.

Na regi�o de Capit�lio, famosa por abrigar balne�rios como Escarpas do Lago, um grande n�mero de cachoeiras e pontos para a pr�tica de esportes n�uticos, o turismo cresceu perto de 50% no primeiro semestre deste ano, na compara��o com o anterior. Enquanto no munic�pio outros setores da economia est�o cortando vagas, na regi�o o emprego em bares, restaurantes e hot�is cresceu 20% de janeiro a junho, para atender � demanda que voltou. Donos de hot�is, observam que viajantes de outras regi�es do pa�s, que antes n�o eram t�o frequentes no Sul de Minas, como os cariocas, parecem estar trocando destinos mais distantes e caros, pelo “mar” de Minas.

Luiz Carlos de P�dua, tem um restaurante de frente para a represa. Servindo peixes e pratos com caracter�sticas t�picas da regi�o, como a til�pia das nascentes, ele acredita que seu movimento dobrou no primeiro semestre deste ano frente a 2015. Em uma quinta-feira de casa cheia, o empres�rio explica que por Capit�lio estar na parte mais profunda da represa, o munic�pio sofre menos que cidades como Alfenas e Carmo do Rio Claro, quando o n�vel do reservat�rio cai de forma expressiva como nos dois �ltimos anos. “Quando o n�vel da represa sobe, toda a regi�o se beneficia. O turista fica mais tempo na cidade, percorrendo um roteiro de atra��es, do lago ao ecoturismo”, avalia.

O n�vel do lago de Furnas j� chegou a 94% em junho de 2011, mas, a partir da�, come�ou a cair. Com a recupera��o do reservat�rio, outras usinas alimentadas pelo Rio Grande tamb�m foram beneficiadas pela cheia. Ontem, a de �gua Vermelha estava com 86,05% de sua capacidade, Marimbondo, a 85,86%, e Mascarenhas de Moraes, a 77,8%.

Na Pousada Trilha do Sol, a programa��o � intensa. S�o tr�s cachoeiras no “quintal”, mas, antes de encarar as trilhas que s�o sinalizadas e com explica��es sobre a flora, o turista se espregui�a em um red�rio colorido � sombra de �rvores nativas. “N�o posso reclamar do movimento, que cresceu 50% este ano”, conta Caio Pimenta, que prepara os tira-gostos servidos aos h�spedes. Al�m dos c�nions e trilhas da regi�o, a atra��o na Trilha do Sol � o espa�o para o naturismo e pistas para bicicletas. Para o casal, Caio cobra R$ 295 a di�ria. “Com caf� da manh� e passeio”, completa.

EMBARCA��ES

O movimento n�utico � t�o grande que na pequena Capit�lio, cidade de 9 mil habitantes, est� instalada uma f�brica de lanchas e quatro lojas de ve�culos aqu�ticos. Na cidade s�o 2,6 mil leitos, al�m de casas de veraneio e garagens privadas para mais de mil embarca��es. Elis�ngela Salviano, 38 anos, trabalha h� tr�s anos com passeios de lancha. Ela tem quatro hor�rios durante o dia. A partir de R$ 45 por pessoa, Elis�ngela leva os turistas ao passeio pelos pontos mais procurados do lago. “Todos os hor�rios s�o preenchidos. O turismo est� bom este ano. ”

Valmir Ant�nio Machado, presidente da Associa��o Comercial, Industrial e Agropecu�ria de Capit�lio, (ACIAC), explica que o munic�pio vem sentindo a crise, no com�rcio e na presta��o de servi�os, mas o segmento do turismo tem ajudado a economia da regi�o a n�o se aprofundar na crise. Ele tamb�m � gerente do Cyrilo's Hotel. Da varanda, ele consegue mirar o dique, onde o ex-presidente Itamar Franco posicionou homens da Pol�cia Militar, na d�cada de 1990, brigando contra a privatiza��o de Furnas. Ele calcula que do in�cio do ano at� agora, o n�mero de vagas de emprego cresceu no setor, mas, ainda assim, Valmir mostra preocupa��o: “Aqui o turismo vai bem, mas outros setores est�o fechando vaga”.

Animados com a demanda firme, os comerciantes n�o se impressionam com a redu��o do n�vel da represa que deve baixar no per�odo seco. “Com o lago cheio como agora, a �gua � o maior atrativo, quando o n�vel baixa um pouco, os c�nions ficam mais � vista e, no per�odo seco, os pared�es surgem com imensas piscinas naturais. A paisagem � linda o ano inteiro”, defende Luiz de P�dua.

Outras bacias, como a do S�o Francisco n�o recuperaram no mesmo ritmo. Em baixa, Tr�s Marias, opera a 33,7% da sua capacidade.


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