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Estado de Minas CALOTE CAI E COM�RCIO REAGE

Consumidores com contas em atraso retrai, enquanto vendas ficam est�veis na m�dia do varejo

S�o 58,9 milh�es de brasileiros com pagamentos atrasados, n�mero ainda � elevado


postado em 10/08/2016 00:12 / atualizado em 10/08/2016 07:53

O cr�dito caro, o crescimento do desemprego e o encarecimento do custo de vida continuam atuando como uma pesada artilharia em dire��o ao varejo, mas foi acesa em junho uma luz no fim do t�nel para o setor. Dados da Pesquisa Mensal do Com�rcio (PME) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) mostram varia��o positiva de 0,1% das vendas frente a maio, a rigor uma estabilidade. Outra not�cia que traz algum alento ao com�rcio � a queda pelo terceiro m�s, em julho, do n�mero de inadimplentes. De acordo com levantamento feito pelo Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil), Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pela consultoria Boa Vista SCPC, o n�mero de pessoas com contas em atraso no Brasil diminuiu de 59,1 milh�es em junho para 58,9 milh�es no m�s passado.


Apesar da redu��o, ainda se trata de um contingente muito elevado, representando 39,57% da popula��o maior de idade. O estudo apontou recuo de 3,3% da inadimpl�ncia em julho perante o mesmo m�s do ano anterior.
Analistas da economia afirmam que ainda � cedo para falar em recupera��o do com�rcio. Indicando o aperto das fam�lias para quitar d�vidas, a inadimpl�ncia cresceu em julho na compara��o com maio, alta de 4%, segundo dados da Boa Vista SCPC para d�vidas vencidas.


O n�mero de lojas fechadas em pontos comerciais, galerias vazias e faixas de passa-se o ponto reflete a desacelera��o nas vendas no primeiro semestre, que chegou a 7%. O varejo deve ter em 2016 o pior desempenho da s�rie hist�rica do IBGE, iniciada em 2001, superando at� mesmo o p�ssimo resultado do ano passado. Segundo Isabella Nunes, gerente de coordena��o de servi�os e com�rcio do IBGE, o resultado � o pior da s�rie hist�rica, assim como o desempenho do varejo em 12 meses, que aponta para retra��o de 6,7%. Para algum al�vio do setor, o resultado de junho ascende luz nova, apesar de fraca, trazendo expectativas mais otimistas. A Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC) revisou sua proje��o de queda das vendas de 5,6% para 5,4% em 2016.


Na compara��o com junho do ano passado, as vendas do varejo ca�ram 5,3%, mas frente a maio houve estabilidade: 0,1%. No segundo trimestre, o varejo caiu 0,5% ante o trimestre anterior. “Esse � o melhor resultado do com�rcio desde o terceiro trimestre de 2014, quando os segmentos mergulharam na recess�o”, comenta F�bio Bentes, economista da CNC. Segundo ele, o resultado do �ltimo trimestre revela que a crise no varejo d� sinais de estar perdendo a for�a. “O segundo semestre deve ser melhor que o previsto inicialmente, mas s� esperamos recupera��o a partir de meados do ano que vem, com a melhora tamb�m do cr�dito. Pelos nossos c�lculos, com base nos n�meros do IBGE, 2016 deve mostrar o pior resultado da s�rie hist�rica do varejo”, completa Bentes.


Em junho, os resultados piores vieram dos setores de hipermercados e supermercados, que v�m sofrendo com a press�o inflacion�ria. Com queda de 0,4% das vendas em junho, o setor n�o conseguiu puxar para o vermelho o resultado geral do varejo, mas mostra que a recess�o vem destruindo o bolso do consumidor. No semestre, o segmento tem queda de 3,6%, pior resultado desde o primeiro semestre de 2003. Entre todos os segmentos pesquisados pelo IBGE, somente farm�cia e perfumaria fecharam o semestre no azul. O resultado de 0,2% foi apertado. No entanto, garante ao setor o melhor resultado para o varejo.

OR�AMENTO APERTADO

O term�metro de vendas da C�mara dos Dirigentes Lojistas (CDL-BH) tamb�m esfriou e marca baixa temperatura. As vendas registraram queda de 1,52% no primeiro semestre de 2016, na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior. Bruno Falci, presidente da CDL-BH, atribuiu a piora dos indicadores econ�micos ao or�amento dos consumidores. Segundo o executivo, apesar do desempenho negativo em junho, a retra��o do setor ficou menor que o �ndice registrado no mesmo per�odo de 2015, de 3%. “Este resultado pode ser positivo para o com�rcio, pois essa desacelera��o na queda nas vendas pode indicar um f�lego para o segundo semestre de 2016”, observou.


Com cautela, Gustavo Josias, dono da loja de variedades Gujoreba, na Savassi, regi�o Sul da capital, diz acreditar nos sinais positivos, mas prefere fazer proje��es com os dois p�s no ch�o. “Neste ano, nossa expectativa � que as vendas fechem no mesmo patamar do ano passado. N�o devemos crescer, mas consideramos que manter o mesmo patamar j� � um bom resultado no momento atual.” Gustavo Josias diz que o consumidor ainda est� desconfiado e com medo de gastar, afetado tamb�m pelas not�cias ruins. “Esperamos que no segundo semestre o consumidor ganhe mais confian�a, que medidas macroecon�micas tenham repercuss�es positivas na economia do pa�s.”


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