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Estado de Minas

Desemprego alavanca seguro para pagar presta��es

Cresce o mercado de seguros voltados para quitar compras parceladas em caso de desemprego. No primeiro semestre, indeniza��es somaram mais de R$ 663 milh�es


postado em 25/09/2016 07:00 / atualizado em 25/09/2016 13:26

Gilmara Silva contratou apólice de R$ 7,99, mas não entendeu bem as regras(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Gilmara Silva contratou ap�lice de R$ 7,99, mas n�o entendeu bem as regras (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
A crise do mercado de trabalho – que este ano fechou mais de 650 mil vagas – levou muitos brasileiros a conhecer de perto uma modalidade de seguro de baixo valor, que promete quitar presta��es em caso de desemprego. Geralmente, a prote��o, que tem parcelas de baixo custo, pr�ximas a R$ 10, � feita junto com o contrato de um financiamento, empr�stimo ou parcelas de d�vidas de cart�o de cr�dito, credi�rio e cheque especial.


No primeiro semestre, segundo dados da Superintend�ncia de Seguros Privados (Susep), a modalidade conhecida como seguro de presta��es ou prestamista deu um salto no volume das indeniza��es: o percentual cresceu 23%, totalizando mais de R$ 663 milh�es. O principal motivo dos resgates foi a perda involunt�ria do emprego.

O mercado desse seguro de pequeno porte � pr�spero, movimentou R$ 3,7 bilh�es no primeiro semestre e tem despertado o interesse de bancos e seguradoras. A carteira que vem garantindo clientela farta pode ajudar as fam�lias em momento de aperto com as presta��es, mas, ao mesmo tempo, � preciso aten��o, porque as cl�usulas de exclus�o podem ser muito desfavor�veis ao consumidor. O crescimento da modalidade tamb�m exp�e um ponto cr�tico do segmento: a informa��o que nem sempre atinge o benefici�rio. Muitos acabam aderindo ao produto, mas n�o sabem ao certo como podem de fato us�-lo.

Para o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, ao vender o produto n�o basta que os bancos ou redes de lojas entreguem uma ap�lice de extensa leitura, com letras mi�das, ao consumidor. Tamb�m n�o vale empurrar o produto na fatura, sem antes consultar o cliente. “Os vendedores do produto devem explicar ao consumidor em quais circunst�ncias ele poder� usar o seguro, quais s�o as car�ncias, qual prazo ele tem para solicitar a indeniza��o, quais documentos vai precisar.” E ainda: “Em uma ap�lice de seguro, muitas vezes, mais importante do que saber o que est� coberto � se informar sobre o que a modalidade n�o cobre”, alerta.

 Eliete Ribeiro acredita que há espaço para melhorar informação(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )
Eliete Ribeiro acredita que h� espa�o para melhorar informa��o (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS )

No ano passado, Gilmara Silva, de 21 anos, contratou um seguro prestamista no valor de R$ 7,99 e foi pega pela desinforma��o. Ela conta que aderiu ao produto porque achou a proposta interessante. Na loja de departamento na qual fechou o neg�cio foi explicado que o seguro quitaria sua fatura em caso de desemprego involunt�rio. Quando Gilmara pagava a s�tima presta��o, o inesperado aconteceu e ela foi dispensada da loja onde trabalhava como atendente. “Quando procurei o seguro para pedir a indeniza��o, n�o consegui quitar nenhuma d�vida. Informaram que o produto tinha uma car�ncia de 12 meses. Fiquei decepcionada, paguei a fatura e cancelei o cart�o”, contou.

Regras

Marcelo Barbosa alerta que a informa��o ainda � uma pedra no sapato do segmento. “Esse � um produto que pode ser interessante para o consumidor, mas desde que ele conhe�a de fato as regras.”

O seguro prestamista tamb�m prev� coberturas em casos de morte e invalidez permanente e alguns produtos tamb�m oferecem cobertura em caso de incapacidade tempor�ria. A auxiliar de dentista Eliete Ribeiro, de 34, diz que conhece o produto vendido em lojas de departamento, mas acredita que as regras da opera��o n�o s�o ainda claras para o consumidor.

Apesar de a venda do seguro de presta��es ser popular nos balc�es de lojas, o Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor) diz que essa � uma pr�tica que deve ser evitada pelo consumidor caso n�o exista no balc�o um corretor de seguros capacitado para explicar sobre a modalidade e esclarecer d�vidas. “Assim se evitam dores de cabe�a ou a compra de gato por lebre”, defende Dorival Sousa, vice-presidente de Rela��o com o Mercado do Sincor-DF e diretor da Federa��o Nacional dos Corretores de Seguro (Fenacor). Segundo o executivo, o impulso no volume de indeniza��es pagas no primeiro semestre teve como principal motivo o desemprego. De acordo com a Fenacor, o freio no financiamento e na concess�o de cr�dito repercutiram negativamente na venda do produto para micro e pequenas empresas, onde houve queda de aproximadamente 20% no segundo trimestre desse ano frente igual per�odo do ano passado.


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