
S�o Paulo - O deputado federal Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), presidente da For�a Sindical, afirmou nesta quinta-feira, que as principais centrais sindicais do Brasil n�o concordam com alguns dos pilares da proposta de reforma da Previd�ncia enviada esta semana pelo governo ao Congresso. Segundo ele, entre esses pontos est�o a idade m�nima de 65 anos, a equipara��o entre homens e mulheres e a desvincula��o das pens�es em rela��o ao sal�rio-m�nimo. "O homem n�o lava nem um prato em casa, enquanto a mulher tem jornada dupla, tripla. N�o � justo se aposentarem com a mesma idade", comentou.
Paulinho falou na entrada de um encontro das centrais para discutir a proposta. Segundo ele, o grupo deve definir dois ou tr�s pontos essenciais para apresentar como emenda ao projeto de reforma, possivelmente no in�cio do pr�ximo ano, tendo em vista os prazos regimentais.
De acordo com Paulinho, a admissibilidade do projeto deve ser aprovada facilmente pela Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), onde o governo tem ampla maioria. Ele n�o acredita, no entanto, que a proposta seja aprovada pelo plen�rio. "Ontem mesmo v�rios deputados que t�m menos de 50 anos e tamb�m ser�o afetados pela proposta me disseram que n�o v�o aprovar", comentou.
Segundo ele, a reforma n�o gera um real a mais de dinheiro para a Previd�ncia - o que h� � redu��o dos gastos no longo prazo - e antes de propor essa altera��es t�o duras o governo deveria adotar outras medidas.
O sindicalista citou algumas propostas que j� foram apresentadas pelas centrais para gerar receita para a Previd�ncia, como a venda de im�veis que n�o est�o sendo utilizados, o fim de desonera��es sobre a folha de pagamento, revis�o da isen��o para entidades filantr�picas, cria��o de um Refis para as d�vidas previdenci�rias e aumento das al�quotas para o agroneg�cio. "Isso n�o resolveria o rombo, mas depois dessas medidas poderia haver proposta uma reforma mais suave."
O deputado disse que ainda precisa definir com as centrais quais ser�o as contrapropostas apresentadas, mas apontou que desejaria mudan�as na transi��o do regime atual para o futuro e tamb�m na idade m�nima. "Poderia ser 60 anos para homens e 58 para mulheres, n�o sei, ainda precisamos decidir", disse. "� preciso sensibilidade social e a busca de uma solu��o equilibrada que n�o penalize, principalmente, os menos favorecidos economicamente", acrescentou.
