Em reuni�o realizada na tarde desta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sinalizou que, entre as medidas microecon�micas previstas para ser anunciadas amanh�, est� a redu��o no prazo para comerciantes receberem compras pagas pelo cart�o de cr�dito.
No encontro, segundo Jereissati, Meirelles apresentou 17 medidas que ser�o adotadas pelo Minist�rio da Fazenda e pelo Banco Central com o objetivo de melhorar o ambiente de neg�cios para os empres�rios.
No pacote est�o inclu�das a��es voltadas para a �rea da constru��o civil, setor que gera muitos empregos e foi atingido pela crise econ�mica. "N�o h� hip�tese alguma de ser utilizado o que foi praticado pelo governo Dilma. Ou seja, n�o h� previs�o de ser feita nenhuma desonera��o. Essa � uma agenda velha", afirmou Ferra�o.
Segundo os tucanos, tamb�m deve ser criado um programa de recupera��o de d�bitos fiscais para as empresas. Na reuni�o, Meirelles ressaltou, de acordo com os senadores, que n�o se trata de um novo Refis e que o novo programa n�o ter� como base parcelamento de d�vida.
Al�m disso, dever�o se tomadas medidas para simplifica��o e desburocratiza��o de processo de importa��o e exporta��o. Na sa�da do encontro, o ministro da Fazenda confirmou que o governo pretende permitir que os trabalhadores utilizem recursos do FGTS para pagamento de d�vidas de alto valor.
Divis�o
O encontro com a bancada do PSDB ocorre 10 dias depois de se especular a divis�o da equipe econ�mica com integrantes do partido. Na ocasi�o, auxiliares de Temer chegaram a realizar diversas conversas com a c�pula do PSDB sobre a possibilidade de a legenda ocupar o Minist�rio do Planejamento, no lugar do ministro Dyogo Oliveira.
As movimenta��es, no entanto, acabaram por passar a imagem de enfraquecimento de Meirelles, que vinha alvo de v�rias cr�ticas nas �ltimas semanas, principalmente ap�s a queda no PIB do terceiro trimestre de 0,8%. O recuo foi maior do que o previsto e aumentou a press�o sobre a equipe econ�mica para adotar medidas de recupera��o.
Diante da repercuss�o negativa, o presidente Michel Temer saiu em defesa do ministro. A alternativa, ent�o, foi oferecer a Secretaria de Governo para um integrante da bancada do PSDB.
Segundo representantes da c�pula do partido, a secretaria seria "turbinada", atuando tamb�m em quest�es federativas. A expectativa � que nos pr�ximos dias o l�der do PSDB, Ant�nio Imbassahy (BA) seja nomeado para o cargo.
O presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), disse ap�s a reuni�o de hoje que o compromisso do PSDB com as medidas econ�micas do governo � inabal�vel. "Continuaremos ao lado desse governo at� o final dessa travessia", afirmou.
