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Estado de Minas

Inaugura��o de a�ougue vegano aponta crescimento de mercado em BH para produtos do g�nero

Consumo vegano estimula abertura de estabelecimentos que vendem produtos sem ingredientes de origem animal


postado em 22/01/2017 06:00 / atualizado em 22/01/2017 09:15

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )

Esque�a a imagem de um a�ougue com peda�os de carnes dispostos em bacias, cortes dependurados e frangos gordos e brancos exibidos nas prateleiras. A inaugura��o de um a�ougue que n�o vende carnes em Belo Horizonte causou alvoro�o na �ltima ter�a-feira na capital mineira. O Venne A�ougue Vegano, no Bairro Floresta, na Regi�o Leste, traz op��es que v�o de lingui�a, mortadela e presunto a hamb�rguer, carne e bifes, tudo feito � base de vegetais, cogumelos e gr�os. A abertura do primeiro a�ougue do g�nero em Minas Gerais, que j� come�ou com sucesso de p�blico, aponta para o crescimento na capital mineira do mercado voltado para veganos, quem opta por n�o consumir nenhum produto de origem animal ou que envolva testes em bichos.


Um estilo de vida que enxerga a cadeia produtiva sob outra perspectiva e trata cada compra como um ato de ativismo. Veganos n�o comem nada que leve carne, peixe, lactic�nio, mel, ovos. Tamb�m n�o compram roupas ou sapatos com mat�rias-primas de origem animal, tampouco usam produtos de limpeza ou higiene que tenham sido testados em bichos, vertebrados ou invertebrados. A expans�o dessa filosofia vem ganhando o mercado e, do �ltimo ano para c�, BH viu multiplicar os neg�cios veganos. Somente no �ltimo ano, pelo menos sete estabelecimentos com essa filosofia abriram as portas na capital mineira.

N�o h� n�meros exatos sobre o n�mero de veganos no pa�s. Em 2012, o Ibope revelou que 8% da popula��o de capitais e regi�es metropolitanas era vegetariana – que n�o come carne –, num total de 16 milh�es de pessoas. Em BH, esse percentual da popula��o era de 9%. A Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) calcula que um ter�o desse contingente de vegetarianos � vegano, o que representaria pelo menos 5 milh�es de pessoas em todo o pa�s.

A institui��o tamb�m confirma o crescimento desse mercado e calcula 230 restaurantes vegetarianos e veganos, al�m do aumento de pratos e lanches veganos em restaurantes e lanchonetes convencionais. O programa de certifica��o vegana da SVB � um term�metro disso. Criado h� tr�s anos, o Selo Vegano j� atestou mais de 200 produtos de cerca de 25 marcas diferentes.

O a�ougue Venne chega para aumentar essas estat�sticas. Ele funciona dentro da mercearia de mesmo nome, que tamb�m conta produtos veganos – desde itens culin�rios a produtos de limpeza. Vegetariana desde crian�a e vegana h� um ano, a estudante de direito Laura Bonetti, de 22 anos, idealizou o a�ougue. A fam�lia embarcou na ideia e agora filha, m�e e pai trabalham juntos. J� faz algum tempo que Laura se dedica �s experi�ncias gastron�micas e foi na cozinha de casa que desenvolveu as receitas do a�ougue.


A mortadela � feita com feij�o carioquinha, o salame leva feij�o roxinho e cogumelo, o presunto tem gr�o-de-bico e champignon. A mistura de temperos e condimentos � o segredo de cada prepara��o, que conta com acompanhamento de nutricionista. Entre as op��es, h� tamb�m carne vegetal, bifes, lingui�a, entre outras iguarias, ao custo de R$ 45/kg. H� tamb�m congelados de feijoada, estrogonofe, lasanha. “Queremos tornar o veganismo mais acess�vel e facilitar o processo de transi��o de quem ainda sente falta da carne”, refor�a Laura, ativista da causa.

A produ��o, atualmente, gira em torno de 1 tonelada ao m�s, mas o pai da garota, o engenheiro Cl�udio Bonetti j� estuda a implanta��o de maquin�rio para expandir a produ��o para 10 toneladas mensais. “Tem gente vindo de Contagem, Betim. A comunidade vegana � forte”, refor�a Laura, que tamb�m tem recebido no a�ougue muitos carn�voros curiosos para experimentar as iguarias que parecem carne mas n�o s�o.

Fabiano Osório já passou fome em festa de casamento e agora vende coxinha de jaca(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Fabiano Os�rio j� passou fome em festa de casamento e agora vende coxinha de jaca (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )


Os clientes comemoram o aumento das op��es veganas em BH. O estudante de fisioterapia Jo�o Leal, de 24 anos, tornou-se vegano h� oito meses, depois de quatro anos e meio sem comer nenhum tipo de carne. Desde ent�o, n�o tem passado aperto. “Independentemente do lugar, me mantenho sem comer produtos de origem animal”, refor�a, depois de tomar um milkshake, um hamb�rguer, uma coxinha de jaca e finalizar com um cupcake na lanchonete O Vegano. “Estou me sentindo muito melhor assim”, diz.

Em multiplica��o

Em BH, j� h� diversos estabelecimentos veganos. Entre eles est�o o a�ougue Venne, a Veganiza Food, o restaurante Las Chicas Vegan, o Botequim da Liberdade, o Caf� com Gentileza, a lanchonete O Vegano, a Veganza e o Vegan Express, que oferece delivery.


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