Coordenador de Ipea avalia que regra 85/95 foi uma contrarreforma

S�o Paulo, 09 - O coordenador de previd�ncia do Ipea, Rog�rio Nagamine, disse nesta quinta-feira, 9, ter receio de que a proposta de reforma nas regras da aposentadoria seja desfigurada no Congresso. Ele  lembrou da tramita��o da Medida Provis�ria 664 h� dois anos, cujo prop�sito era corrigir as pens�es por morte, mas que resultou numa flexibiliza��o do fator previdenci�rio que comprometeu, na vis�o dele, o equil�brio fiscal.

"A regra 85/95 progressiva foi uma das maiores contrarreformas que j� tivemos", disse o coordenador, acrescentando que essa regra refor�a ainda mais a necessidade de uma reforma previdenci�ria.

Tamb�m participante do debate, F�bio Zambitte, coordenador de direito previdenci�rio da Emerj, avaliou que provavelmente a proposta de reforma nas aposentadorias passar� por revis�es no Congresso. "Nenhuma proposta escapou de algum grau de negocia��o, ainda mais uma com o sarrafo t�o grande como esta", disse. Segundo Zambitte, o tempo m�nimo de contribui��o de 25 anos - considerado por ele muito alto - est� entre os temas a serem discutidos.

Cr�tico da reforma no debate, o presidente do sindicato dos metal�rgicos de S�o Paulo, Miguel Torres, apontou que os maiores empres�rios do Pa�s est�o na lista de devedores do INSS. Tamb�m comentou que a Consolida��o das Leis Trabalhistas, editada na era Vargas, j� foi reformada em 85% - n�o t�o velha, segundo ele, como pregam os defensores da reforma da Previd�ncia.