
Bras�lia - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, admitiu que o setor t�cnico da fiscaliza��o � alvo de disputas pol�ticas regionais. Maggi disse que o ideal � a nomea��o de t�cnicos sem envolvimento partid�rios.
"Os parlamentares nos estados, cobrados pela popula��o, brigam politicamente por espa�o", afirmou. "Com certeza, a maioria faz indica��o pol�tica mais para demonstrar for�a pol�tica do que por interesses privados.", emendou o ministro
Ele disse que n�o gosta de indica��es pol�ticas porque isso traz "responsabilidades". "Quest�es pol�ticas existem e n�o podemos fugir disso", afirmou.
O ministro informou que busca "interventores" para preencher os cargos dos superintendentes exonerados em Goi�s e no Paran�. "� preciso encontrar algu�m com experi�ncia para fazer isso", disse. "N�o adianta colocar um soldado com porrete na m�o. Ele precisa politicamente se comunicar com a sociedade, com as empresas."
Uma parte das atuais indica��es � formada por servidores do pr�prio minist�rio. S�o os casos de S�o Paulo, onde Francisco S�rgio Ferreira Jardim, do quadro pessoal, � filiado ao PTB, e Santa Catarina, superintend�ncia comandada por Jacir Massi, filiado, pelos registros do TSE, ao PP. Massi diz que � favor�vel ao decreto. "Minha indica��o foi por consenso da bancada catarinense", afirma. Ele diz que h� tempo n�o atua mais como filiado de partido.
Dos dois superintendentes afastados nesta semana, Gil Bueno de Magalh�es, do Paran�, era t�cnico de carreira e indica��o do PMDB estadual, e J�lio C�sar Carneiro, de Goi�s, n�o pertencia ao quadro do servi�o p�blico e foi indicado pelo PTB.
Interlocutores do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, avaliam que tanto servidores quanto pol�ticos podem dar problema e n�o se pode "demonizar" as indica��es pol�ticas. Eles observam que abrir m�o do instrumento das indica��es limita a atua��o da pasta e sua rela��o com a base aliada.
Bahia
Dono de um rebanho que oscila entre 10 milh�es e 12 milh�es de cabe�as, o estado da Bahia tem 60 funcion�rios na inspe��o de animais. O atual superintendente � Osanah Rodrigues Set�val, presidente do diret�rio do PMDB de Juazeiro. Chefe da Divis�o de Defesa Pecu�ria da superintend�ncia baiana, Altair Santana de Oliveira diz que o decreto � uma bandeira antiga do Sindicato dos Auditores.
Ele diz que, particularmente, n�o defende a norma. "Um dos superintendentes exonerados por causa da opera��o da Pol�cia Federal era auditor", afirma. "Honestidade � uma quest�o do indiv�duo", ressalta. H� 32 anos no quadro da Agricultura, Altair afirma, no entanto, que um gestor de fora do �rg�o precisar� de certo tempo para conhecer o setor. "Na Bahia, em gest�es de indicados pol�ticos, nunca tivemos problemas no nosso setor."