
Depois de adotar estrat�gia mais aberta quanto ao conflito de acionistas que envolve a Usiminas, e marcada por comunicados publicados em jornais, o grupo japon�s Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation (NSSMC) busca, agora, o apoio dos outros s�cios para p�r fim � desaven�a com o conglomerado �talo-argentino Ternium/Techint que se arrasta na Justi�a mineira desde o fim de 2014.
A tarefa de aproxima��o com os demais acionistas da sider�rgica foi assumida pelo novo dirigente da empresa japonesa respons�vel pelos neg�cios nas Am�ricas, Kazuhiro Egawa, estabelecido h� pouco mais de um m�s no Brasil.
O papel de Egawa � convencer os s�cios de que a solu��o passa pelo modelo de altern�ncia de poder na Usiminas, proposta j� feita no ano passado � Ternium. “Temos mantido conversas com os conselheiros representantes dos empregados e dos acionistas minorit�rios. Eles consideram que a proposta de altern�ncia � boa”, afirmou ontem o diretor da Nippon para as Am�ricas ao Estado de Minas.
O grupo japon�s, h� quase 60 anos no capital da sider�rgica mineira, defende a adota��o do sistema de indica��o alternada, entre os principais acionistas, do presidente-executivo e do presidente do Conselho de Administra��o da empresa. A proposta n�o mudou em rela��o �quela feita pela Nippon no fim do ano passado e representa, na vis�o dos japoneses, o fim do conflito com a Ternium.
Kazuhiro Egawa disse ter aberto o di�logo com os s�cios brasileiros e que as conversas v�o continuar em todas as oportunidades poss�veis de di�logo, inclusive na reuni�o prevista para hoje do Conselho de Administra��o da Usiminas. “Buscamos o apoio dos brasileiros para terminar o conflito e para que os conselheiros possam se dedicar a medidas para fazer o melhor pela Usiminas. Nossa esperan�a � que os brasileiros encampem essa proposta”, disse o executivo.
H� cerca de um m�s, ele conversou com empregados da usina de Ipatinga, quando se reuniu com o representante dos trabalhadores no Conselho de Administra��o da sider�rgica, Luiz Carlos de Miranda. O EM n�o conseguiu contato, ontem, com o conselheiro. Egawa afirmou ter percebido sensa��o de tristeza em conversa com trabalhadores da sider�rgica, que demonstraram preocupa��o com o conflito entre os principais acionistas. “Senti que a cidade de Ipatinga est� meio desanimada”, disse.
A tens�o nas rela��es entre os s�cios cresceu com a substitui��o de R�mel Erwin de Souza, indicado da Nippon Steel, em 23 de mar�o passado, pelo executivo tamb�m de carreira da empresa S�rgio Leite, nome preferido da Ternium. A troca foi aprovada em reuni�o do Conselho de Administra��o que o grupo japon�s considerou ter adotado crit�rio ilegal na contagem de votos. A escolha do nome para o comando da sider�rgica pressup�e entendimento pr�vio pelo acordo de acionistas.
Novamente na Justi�a para tentar reconduzir R�mel Souza ao cargo, a Nippon acusa seu s�cio de ter for�ado a substitui��o do comando da sider�rgica. A posi��o da Ternium � de que o ex-presidente violou o estatuto social da companhia, ao assinar sozinho e sem conhecimento do Conselho de Administra��o um memorando de entendimentos relativo a um grande contrato de fornecimento de min�rio de ferro junto a Minera��o Usiminas, em que tem como s�cio a japonesa Sumitomo.
PROCESSO O novo diretor da Nippon para as Am�ricas preferiu n�o comentar como ficar� o processo que pede a anula��o da troca de presidentes caso a proposta de altern�ncia no poder da Usiminas seja aceita. “O meu papel � tentar p�r fim a esse conflito que � sem sentido e por isso propusemos que seja adotada a regra de altern�ncia do C.O. (o presidente executivo) e o do presidente do Conselho de Administra��o”, disse.
Em refer�ncia a um antigo ditado japon�s, Egawa afirma que mesmo depois de situa��es dif�ceis, como as tempestades, as rela��es entre os s�cios podem melhorar, havendo di�logo. “N�s, japoneses, n�o gostamos de processar. Consideramos que o importante o di�logo”, afirma.