Quando a sexta-feira chega come�a a contagem regressiva para o happy hour ou para para o fim de semana, afinal, todo mundo merece um tempo para relaxar e se divertir com a fam�lia e os amigos. A vontade de sair � grande, mas o or�amento nem sempre permite. O fato de o dinheiro estar curto, entretanto, n�o significa que a �nica op��o � ficar olhando para o teto, sem fazer nada. � poss�vel procurar alternativas aos programas de costume e compartilhar momentos agrad�veis com os amigos e parentes sem chegar ao fim do m�s com o bolso vazio.
Marcos Melo, professor de finan�as do Ibmec, explica que � natural o corte de gastos em um cen�rio de renda menor. E, segundo ele, economizar com lazer �, quase sempre, a primeira op��o para quem quer equilibrar o or�amento. “� um comportamento interessante, que acaba abrindo a possibilidade de se pensar em outros tipos de divers�o. As pessoas come�am a descobrir alternativas mais barata de lazer”, afirma.
O funcion�rio p�blico Bruno Ara�jo, de 29 anos, se assustou quando contabilizou o quanto gastava em uma sa�da para o bar com os amigos. Por noite, o passeio n�o saia por menos de R$ 100. “Se somarmos as comandas de todos da mesa chegava a mais de R$ 600. Se nos reunirmos na casa de algu�m, conseguimos convidar mais pessoas, ter mais conforto, mais consumo e gastamos menos”, explica. Al�m das despesas no local, Bruno tamb�m afirma que o custo do deslocamento � um ponto que pesa na hora de decidir. “� sempre uma preocupa��o. Se sa�mos, temos que pensar no uber ou selecionar o amigo da vez”, menciona.
REGRA
A regra n�o � deixar de sair para restaurantes, bares ou qualquer outra op��o de entretenimento, mas, parar de associar divers�o a gastar muito. Com criatividade e equil�brio d� para encaixar os gastos no or�amento. “A pessoa precisa dividir a renda entre as despesas e isso inclui uma parte para lazer”, destaca Melo. “No come�o do m�s, determine quanto poder� gastar com sa�das e passeios e v� controlando isso durante o per�odo. Se voc� vir que est� avan�ando mais do que devia, procure uma op��o mais barata para cumprir o planejamento”, complementa.
Para n�o extrapolar o or�amento, a op��o da banc�ria Paula Lima, de 24, � quase sempre reunir os amigos na pr�pria casa ou na de algu�m. Assim, consegue ter finais de semana animados. “Vamos ao mercado ou algu�m compra e dividimos a conta”, explica. Para ela, a op��o �, sem d�vidas, mais econ�mica. “Fui em um bar na semana passada e gastei tr�s vezes o que gasto em um s�bado que a gente se re�ne em casa”, reclama. Paula, no entanto, n�o abre m�o de, nos meses em que est� com folga no or�amento – ou porque juntou dinheiro ou recebeu algum extra, como f�rias –, escolher um restaurante com card�pio mais caro para conhecer.
A banc�ria foge do endividamento e mant�m sob controle as contas substituindo programas caros por outros mais em conta. Como ir ao cinema acaba saindo muito caro, prefere ver filmes em casa. “Amo ir ao cinema, mas pago inteira e, dependendo do local, s� o ingresso custa quase R$ 30”, lamenta. Se o or�amento est� limitado, seja criativo. Existem muitas formas de lazer barato. “N�o enxergue as restri��es como algo triste. Temos o costume de associar divers�o com dinheiro”, aponta Melo. Ter controle sobre os gastos deve ser um comportamento rotineiro e n�o apenas em momentos de dificuldades financeiras, aponta Severo. “A pessoa acaba se conscientizando em como usa o pr�prio dinheiro e come�a a perceber que n�o precisa gastar tanto para se divertir”, argumenta. A crise apertou o bolso de todos, ent�o, propor programas mais baratos n�o � um constrangimento. No entanto, n�o esque�a que ficar em casa tamb�m tem custos. Dividir os gastos � essencial para que a celebra��o n�o pese no bolso de ningu�m.
*Estagi�ria sob supervis�o de Rozane Oliveira