(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dela��o da JBS complica ainda mais sucess�o no Cade


postado em 25/05/2017 08:07 / atualizado em 25/05/2017 09:54

Bras�lia - A dela��o da JBS que citou o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) embaralhou ainda mais a sucess�o no �rg�o. H� um ano sem presidente, o Cade - �rg�o vinculado ao Minist�rio da Justi�a que busca manter sob controle a atua��o concorrencial das empresas no Pa�s - pode ficar ainda mais tempo com cargos chave vagos.

A sabatina de Alexandre Barreto, indicado pelo presidente Michel Temer para comandar o conselho, foi remarcada desta para a pr�xima semana no Senado e deve ser mais dif�cil do que o esperado. Al�m disso, o superintendente-geral do Cade, Eduardo Frade, j� revelou a interlocutores que n�o pretende permanecer no cargo.

Seu mandato termina em julho e ele poderia ser reconduzido por mais dois anos, mas Frade comunicou a pessoas pr�ximas que n�o tem interesse na recondu��o. O superintendente-geral � respons�vel por comandar investiga��es do �rg�o, entre elas cerca de 30 casos envolvendo cart�is da Lava Jato.

Tamb�m est� na al�ada da superintend�ncia o caso envolvendo a termoel�trica EPE, do grupo J&F, que entrou com a��o no Cade questionando o pre�o estipulado pela Petrobras pelo fornecimento de g�s. Executivos da JBS delataram ter pago propina ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), a mando de Temer, para obter decis�o favor�vel � EPE.

A lista de desfalques na dire��o do Cade re�ne mais um exemplo. Em abril, o procurador-geral do conselho, Victor Rufino, j� havia renunciado ao cargo para trabalhar na advocacia privada. Ainda n�o foi indicado um substituto para a vaga.

Considerado por especialistas um �rg�o t�cnico e uma "ilha de excel�ncia", o Cade tirou o chap�u de investigador e vestiu o de investigado na opera��o Lava Jato, depois da dela��o da JBS. Em sua defesa, o conselho usou o argumento de que ainda n�o houve decis�o no processo citado pelos delatores.

Nos autos, que s�o p�blicos, n�o consta decis�o, nem mesmo de instaura��o do processo administrativo. A investiga��o est� em fase preliminar. Tamb�m foram negados pedidos da JBS de medida preventiva. Ainda assim, h� o temor entre integrantes do Cade de que a opera��o comprometa a imagem do conselho.

Entre advogados que acompanham o conselho, a previs�o � que o �rg�o fique ainda mais rigoroso em suas an�lises enquanto est� sob o holofote. O processo envolvendo a JBS, por exemplo, n�o dever� ser instaurado t�o cedo. "A �nica defesa para o Cade � uma an�lise t�cnica que n�o possa ser questionada", afirma uma fonte.

Uma das principais fus�es analisadas pelo Cade neste ano - Est�cio/Kroton, avaliada em R$ 28 bilh�es - ser� julgada em 7 de junho e poder� pegar o plen�rio ainda incompleto. Faltam o presidente e um conselheiro - foi indicado por Temer Maur�cio Maia, que ser� sabatinado juntamente com Barreto. Nos bastidores, a informa��o � que a "tropa de choque" de Temer se move para garantir a aprova��o dos dois nomes no Senado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)