Fim do e-Sedex, servi�o de entrega dos Correios voltado para o com�rcio eletr�nico, gera corrida a transportadoras e leva lojas virtuais a reestruturarem entrega das encomendas. O impacto � sentido, principalmente, entre pequenas e m�dias empresas. Considerado um dos incentivadores para o crescimento do varejo on-line, o servi�o, criado h� 17 anos, foi extinto no �ltimo dia 19. Quando houve o an�ncio da medida, no fim do ano passado, a Associa��o Brasileira de Com�rcio Eletr�nico (ABComm), estimou aumento de 30% nos pre�os dos fretes.
O com�rcio eletr�nico representa 80% do faturamento da loja e, agora, a empres�ria concentra seu esfor�o em or�ar transportadoras. “Estou fazendo pesquisas de menor pre�o. O servi�o que o correio presta com o mesmo valor n�o tem a mesma rapidez”, ressalta. Mas ela tamb�m pondera que vinha tendo problemas com o e-Sedex. “Nos sete �ltimos extravios de mercadoria n�o fui ressarcida e fiquei no preju�zo”, reclama.
S�cio-fundador da Pentagrama, empresa de tecnologia sediada em Belo Horizonte com foco na implanta��o de e-commerce, Luiz Henrique Gomide ressalta que quem mais sente o fim do e-Sedex s�o as pequenas e m�dias empresas, al�m daquelas situadas no interior. “Pequenas empresas n�o t�m volume para contratar outras transportadoras. Clientes que est�o no interior, longe do mercado consumidor, tamb�m s�o mais afetados”, afirma Gomide. Segundo ele, essas empresas v�o precisar se reunir em grupos, conforme a localiza��o, para negociar um volume maior de encomendas com as transportadoras.
CONTRATOS Mas h� quem esteja conseguindo contratos melhores do que os do e-Sedex. Gomide, que tamb�m � diretor do e-commerce da World Tennis, ressalta que a rede, especializada em t�nis, j� come�ou a buscar novos parceiros de log�stica desde o ano passado, quando foi anunciado o fim do e-Sedex. “Fomos atr�s de cinco outras transportadoras, que est�o conseguindo ficar bem competitivas. Tamb�m participamos de leil�es de fretes, mais r�pidos e mais baratos. Mesmo com o correio, para o nosso volume e considerando as capitais mais pr�ximas, houve impacto pequeno”, diz.
O fim do e-Sedex tem representado oportunidade para outras empresas de log�stica. De olho nas pequenas e m�dias empresas, a Manda� tem aproveitado a car�ncia de servi�os de frete voltados para esse perfil. “Conseguimos negociar valores de fretes muito legais e num pre�o at� 40% abaixo dos Correios. J� est�vamos enxergando essa oportunidade de mercado antes do an�ncio do fim do e-Sedex, porque pequenos e m�dios n�o t�m tanta op��o”, afirma o CEO da empresa de log�stica, sediada em S�o Paulo.
Correios n�o descartam retorno
Apesar do fim do e-Sedex, os Correios consideram a possibilidade de reativar o servi�o. “Os Correios entendem que o e-Sedex � uma marca forte e n�o descartam a possibilidade de reposicion�-la no mercado futuramente”, informa a empresa, em nota. Embora n�o revele n�meros do neg�cio, a estatal informa que, nos �ltimos 12 meses, houve crescimento de 14% no segmento de com�rcio eletr�nico.
O e-Sedex era um servi�o exclusivo para lojas do com�rcio eletr�nico. Com prazo de entrega semelhante ao Sedex, a �rea de cobertura abrangia 250 cidades brasileiras e as encomendas podiam ter at� 15 quilos. A mudan�a, segundo a empresa, foi atribu�da � nova p ol�tica comercial dos Correios, que decidiu mudar a estrat�gia com o com�rcio eletr�nico. “As lojas virtuais agora contam com pacotes de servi�os Sedex, PAC e Log�stica Reversa para o com�rcio eletr�nico, com atendimento das empresas em n�vel nacional, uma vez que esses servi�os chegam a todos os 5.570 munic�pios do pa�s”, informa, em nota, a estatal.