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Estado de Minas

Com aumento do imposto sobre combust�veis, previs�o de infla��o sobe

Economistas avaliam que aumento ter� um impacto de 0,51 ponto porcentual no �ndice de pre�os.


postado em 21/07/2017 09:07 / atualizado em 21/07/2017 09:23

O aumento do PIS/Cofins sobre combust�veis levou o mercado a rever as proje��es para a infla��o deste ano. Ontem, logo ap�s o an�ncio das medidas, economistas j� estimavam um impacto de 0,51 ponto porcentual no �ndice de pre�os.

"A alta surpreendeu bastante. Esper�vamos em torno de R$ 0,10 para gasolina", diz o economista Leonardo Fran�a Costa, da Rosenberg Associados. A al�quota do PIS/Cofins para a gasolina mais que dobrar�, passando dos atuais R$ 0,3816 por litro para R$ 0,7925 por litro.

"Ainda assim, o cen�rio para infla��o segue tranquilo. Mesmo se vierem outros aumentos, o IPCA ainda pode fechar abaixo do centro da meta de 4,5%", pondera.

O economista s�nior do banco de investimentos Haitong, Fl�vio Serrano, alterou sua proje��o do IPCA para o ano de 3,6% para 3,7% em virtude da alta da al�quota. Ele esperava um aumento de R$ 0,30 por litro da gasolina, mas a alta foi de R$ 0,41.

Na manh� desta quinta-feira, 20, antes do an�ncio das medidas do governo federal para conter o rombo no Or�amento, a pr�via da infla��o oficial no Pa�s surpreendeu positivamente o mercado. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve defla��o de 0,18% em julho, a maior queda de pre�os em 14 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

A taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 3,52% em junho para 2,78% em julho, a mais baixa desde mar�o de 1999. As fam�lias gastaram menos com os alimentos consumidos em casa, como batata-inglesa, tomate e frutas. Tamb�m houve redu��o nas despesas com combust�veis: tanto a gasolina quanto o etanol ficaram mais baratos.

"Os alimentos acumulam um aumento de 0,11% nos �ltimos 12 meses, ou seja, praticamente zero. Nos 12 meses anteriores, encerrados em julho de 2016, a alta de pre�os acumulada era de 13,3%. Foi uma desacelera��o muito forte, com impacto enorme sobre a infla��o, porque os gastos com alimenta��o e bebidas respondem por cerca de 25% da despesa das fam�lias", apontou o analista Everton Carneiro, da RC Consultores.

Assim que o resultado do IPCA-15 foi divulgado come�ou a se cogitar no mercado uma queda ainda mais forte na taxa b�sica de juros, a Selic, podendo chegar em dezembro abaixo de 8%. Mas o aumento das al�quotas de PIS/Cofins para combust�veis imp�s uma cautela maior nas proje��es. "O quadro benigno ainda prevalece, por�m a discuss�o que tende a come�ar � em rela��o � taxa terminal para Selic, se ser� na faixa de 8%, ou menor que essa marca. Talvez a estimativa de ficar abaixo de 8% tenha morrido", diz o economista Leonardo Fran�a Costa, da Rosenberg Associados.

Antes da divulga��o dos aumentos, a Rosenberg cogitava a possibilidade de diminuir sua proje��o para Selic no encerramento deste ano, j� que o IPCA-15 de julho voltou a surpreender o mercado com um resultado menor que o previsto. Agora, a consultoria prefere manter a expectativa de juros em 8% no fim de 2017. "Tamb�m mantemos a previs�o de corte de um ponto porcentual no encontro da semana que vem. O quadro para infla��o ainda segue favor�vel."

O Comit� de Pol�tica Monet�ria do Banco Central decide os rumos da Selic nos dias 25 e 26 de julho. A taxa b�sica de juros est� atualmente a 10,25% ao ano.

Recess�o

Em julho, o IPCA-15 trouxe redu��es de pre�os de Alimenta��o e bebidas (-0,55%), Transportes (-0,64%) e Artigos de resid�ncia (-0,55%). Everton Carneiro, da RC Consultores, lembrou que o freio nos pre�os dos produtos aliment�cios tem liga��o com a recess�o econ�mica, mas, sobretudo, com a safra recorde de gr�os prevista para este ano.

Assim como houve ajuda relevante das lavouras em 2017, o movimento pode se inverter no futuro, caso as condi��es clim�ticas sejam adversas. "A queda na infla��o � menos estrutural do que alguns do mercado consideram. � dif�cil acreditar que v� ficar comportada por muitos anos, porque a infla��o � muito vol�til no Brasil", alertou o analista da RC Consultores.

O Goldman Sachs pondera ainda que a infla��o de servi�os segue em n�vel elevado mesmo com a profunda recess�o e a alta taxa de desemprego no Pa�s. Segundo a institui��o, os servi�os tiveram alta de 5,5% nos 12 meses encerrados em julho.


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