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Estado de Minas

Quem s�o 'Tremito' e 'Mestre'? Dela��es da Odebrecht ainda t�m pontos n�o esclarecidos

Codinomes foram ligados � propina no PAC-SMS, cuja propina de US$ 40 mi teria sido acertada em reuni�o com Michel Temer, que nega as acusa��es


postado em 26/08/2017 09:55 / atualizado em 26/08/2017 10:35

Em nota, a Odebrecht informou que o acordo de colaboração 'já se provou como o mais efetivo e abrangente firmado até hoje' e disse que está segura da 'consistência das revelações e das provas que apresentou à Justiça'(foto: MARCO AMBROSIO/ESTADAO CONTEUDO )
Em nota, a Odebrecht informou que o acordo de colabora��o 'j� se provou como o mais efetivo e abrangente firmado at� hoje' e disse que est� segura da 'consist�ncia das revela��es e das provas que apresentou � Justi�a' (foto: MARCO AMBROSIO/ESTADAO CONTEUDO )

Bras�lia, 26 - Mais de seis meses depois da homologa��o dos acordos de colabora��o premiada da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), ainda n�o foram identificados dois codinomes atrelados � propina que teria sido repassada ao PMDB. Citados por delatores no acordo, "Tremito" e "Mestre" foram ligados � propina no PAC-SMS, contrato da empreiteira com a Diretoria de Internacional da Petrobr�s, cuja propina de US$ 40 milh�es ao PMDB teria sido acertada em reuni�o com a participa��o do presidente Michel Temer. O presidente nega envolvimento em irregularidades.

A identidade dos dois, por�m, n�o � conhecida at� agora. Em depoimento gravado, o ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial M�rcio Faria disse aos procuradores que o encontro para o acerto da propina no contrato com a �rea de Internacional da Petrobr�s se deu no escrit�rio pol�tico de Temer, em S�o Paulo, em 15 de julho de 2010. Ele disse ter se surpreendido com a forma com que se tratou do pagamento de propina.

"A agenda era uma reuni�o naquele endere�o, que eu nem sabia de quem era. S� fiquei sabendo quando cheguei l�. Inclusive, imaginava que esse pessoal n�o fosse falar um assunto desses comigo", declarou, explicando que n�o tinha inser��o no meio pol�tico.

Outro delator, o executivo Cesar Ramos Rocha, da Odebrecht �leo e G�s, entregou uma planilha com os pagamentos relacionados ao contrato. No documento s�o listados pagamentos de propina para seis codinomes. Desses, somente quatro foram identificados por delatores.

No caso do codinome "Tremito", a planilha aponta para pagamento para a offshore GVTEL. Segundo o delator Vinicius Borin, que operava as contas da empreiteira no exterior, essa offshore era utilizada pelo operador Rodrigo Tacla Duran. Preso na Espanha, Duran tem colaborado com os investigadores no exterior e em entrevistas ao El Pa�s e � Folha de S.Paulo apontou falhas nos acordos de colabora��o da Odebrecht.

De acordo com investigadores, pelo acordo de colabora��o os delatores mant�m a obriga��o de auxiliar de forma cont�nua o Minist�rio P�blico. Os executivos podem ser chamados a qualquer tempo para detalhar o que falaram na dela��o. Como a Odebrecht gerou investiga��es em diversos Estados, os delatores podem ser convocados para dar explica��es perante a inst�ncia judicial que conduzir um determinado caso.

Se, ao fim de todo o processo, houver descumprimento de acordo, os delatores podem sofrer san��es e at� terem os acordos rescindidos.

Outro delator que ainda n�o entregou todas as informa��es prometidas em sua colabora��o premiada � o ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht Benedicto J�nior. No seu acordo, BJ, como � conhecido, entregou uma planilha sobre obras no Estado de S�o Paulo nas quais foram efetuados pagamento de propina.

A dela��o do executivo aponta irregularidades em obra da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), outra da companhia de estadual de saneamento, a Sabesp, e na Linha 4 do Metr�. BJ se comprometeu a confirmar os nomes de quem recebeu propina, mas ainda n�o revelou aos investigadores.

Com a palavra, a Odebrecht


A Odebrecht informou que o acordo de colabora��o firmado "j� se provou como o acordo mais efetivo e abrangente firmado at� hoje pelas autoridades brasileiras". "Vem sendo base para v�rias investiga��es em curso, opera��es da Pol�cia Federal e a��es penais ajuizadas pelo Minist�rio P�blico Federal", disse a empresa.

Ainda em nota, a empreiteira afirmou que est� "adimplente com todas as suas obriga��es contratadas com as autoridades p�blicas e vem prestando esclarecimentos e informa��es adicionais visando elucidar os fatos relatados".

Sobre as informa��es de Tacla Dur�n, a Odebrecht respondeu que "est� segura da consist�ncia das revela��es e das provas que apresentou � Justi�a para reparar os seus erros e colaborar com o combate � corrup��o". Em nota, a empreiteira disse que "as provas foram confirmadas por empresas especializadas em an�lises de documentos judiciais" e que "serviram de base para acordos j� homologados pela Justi�a Federal do Paran�, pelo STF e pelas autoridades de diversos pa�ses, inclusive Estados Unidos".

"A Odebrecht reafirma o seu compromisso com a verdade, e est� � disposi��o das autoridades para esclarecer d�vidas, mesmo as levantadas por fontes sem interesse na apura��o dos fatos."

(Fabio Serapi�o, Beatriz Bulla e F�bio Fabrini)


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