(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Concession�rias de rodovias querem adiar obras de duplica��o

As obras estavam previstas para serem conclu�das em 2019


postado em 30/11/2017 09:15 / atualizado em 30/11/2017 09:37

BR-050, entre Goiás e Minas, uma das rodovias que poderá ter suas obras adiadas para 2028(foto: Manoel Serafim/Jornal Correio )
BR-050, entre Goi�s e Minas, uma das rodovias que poder� ter suas obras adiadas para 2028 (foto: Manoel Serafim/Jornal Correio )

Bras�lia - As concession�rias de rodovias federais v�o pedir ao governo o adiamento, para 2028, da conclus�o das obras de duplica��o que estavam previstas para serem entregues em 2019.

As empresas querem aproveitar uma brecha legal criada pelo pr�prio governo para negociar um novo cronograma. As tarifas de ped�gio, no entanto, n�o v�o cair de imediato, embora os valores atuais pressuponham as duplica��es no prazo original de cinco anos. O desconto s� chegar� aos usu�rios depois que as obras forem realizadas.

Pelo menos duas concession�rias, a Rota do Oeste e a MGO, confirmaram ao Estado sua inten��o de negociar o adiamento. A primeira administra um trecho da BR-163, uma das principais rotas de escoamento de gr�os do Pa�s.

A segunda, um trecho da BR-050, entre Goi�s e Minas. Se elas conseguirem, ao menos 426 quil�metros de rodovias ficar�o por mais uma d�cada sem as obras de melhoria previstas no momento da concess�o. Outras duas concession�rias, a Concebra e a MS Via, tamb�m avaliam se v�o pedir mais prazo. Juntas, elas t�m compromisso de duplicar perto de 1,3 mil quil�metros.

Todas essas estradas federais passaram a ser administradas pela iniciativa privada na chamada Terceira Etapa de concess�es, realizada na primeira gest�o do governo Dilma Rousseff. As oito concess�es previam a duplica��o de todo o trecho recebido - um total de 3.174 km - no prazo de cinco anos, ao custo estimado de R$ 12 bilh�es. Em troca, as empresas receberiam cr�dito, com taxas de juros subsidiadas do BNDES.

Mas esses neg�cios foram atingidos em cheio pela recess�o, pelo enxugamento do cr�dito do BNDES e, em boa parte deles, pela Lava Jato. As grandes construtoras, alvos da opera��o, eram tamb�m as principais concession�rias. Diante de um estoque de contratos que dificilmente seriam cumpridos, o governo cedeu � press�o das empresas e buscou uma solu��o paliativa. Concordou em alongar o prazo de cinco para at� 14 anos ap�s a assinatura dos contratos, a maior parte deles ocorrida em 2014.

Para dar base jur�dica a esse arranjo, o governo Temer editou a Medida Provis�ria (MP) 800, que tramita no Congresso Nacional. H� duas semanas, o Minist�rio dos Transportes editou uma portaria detalhando a aplica��o da MP, o que abriu espa�o para as concession�rias formalizarem seus pedidos de alongamento. "A portaria esclareceu pontos indefinidos na MP", avaliou a advogada Let�cia Queiroz, do escrit�rio Queiroz Maluf, especialista em concess�es federais.

Resist�ncia


Em discuss�o na Comiss�o de Via��o e Transportes da C�mara, a MP 800 � criticada pelo deputado Hugo Leal (PSB-RJ). Segundo ele, a medida permite alterar regras j� pactuadas entre governo e empresas. "Ela rasga os contratos de concess�o", afirmou. Essa era tamb�m a cr�tica que se ouvia nos escal�es t�cnicos do governo quando a medida estava em discuss�o. Houve muita resist�ncia. Avaliava-se que seria um sinal ruim, do ponto de vista regulat�rio, abrir essa exce��o para as rodovias.

"O importante � manter a concess�o operando e garantir o investimento, mesmo com prazo maior", defendeu o presidente da Associa��o Brasileira de Concession�rias de Rodovias (ABCR), C�sar Borges.

Segundo ele, a alternativa seria esses trechos rodovi�rios voltarem para as m�os do governo, para serem administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ou ent�o serem novamente leiloadas.

"S�o solu��es que demandariam tempo, em detrimento do usu�rio." No texto explicativo da medida provis�ria, o governo diz que a reprograma��o do investimento "�, sem d�vida, melhor do ponto de vista do interesse p�blico."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)