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Estado de Minas

Para deputados da base, reforma da Previd�ncia ainda � rejeitada pela popula��o

Durante o recesso parlamentar, em vigor, os parlamentares t�m recebido manifesta��es dos eleitores


postado em 22/01/2018 20:42 / atualizado em 22/01/2018 20:50

Palácio do Planalto, sede administrativa do governo federal(foto: Gilmar Felix/Divulgação)
Pal�cio do Planalto, sede administrativa do governo federal (foto: Gilmar Felix/Divulga��o)

Bras�lia - Ao contr�rio do que diz o Pal�cio do Planalto, a popula��o ainda resiste � reforma da Previd�ncia e questiona os n�meros apresentados pelo governo para justificar a urg�ncia da mudan�a no sistema. A afirma��o � de deputados da pr�pria base aliada do governo, que passaram as �ltimas semanas do recesso em contato mais intenso com o eleitorado. Eles admitem que essa press�o tende a pesar no voto caso o tema realmente seja colocado em vota��o no plen�rio da C�mara em fevereiro.

Deputados contaram ao Estad�o/Broadcast que alguns eleitores rejeitam a proposta porque a associam � imagem negativa do governo. Na avalia��o desses eleitores, o sistema previdenci�rio se tornou insustent�vel por causa da corrup��o e agora a conta chega mais pesada para a popula��o.

"� dif�cil convencer algu�m do contr�rio. � dif�cil separar as coisas para o eleitor porque est� impregnado (o conceito)", disse o deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO). "O fato de (o governo) estar envolvido em coisa errada deslegitima at� as medidas acertadas", emendou o deputado.

Na Bahia, o deputado Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA) disse que n�o h� como vender o "produto" porque a popula��o liga os esc�ndalos de corrup��o ao governo do presidente Michel Temer. "O eleitor diz que se n�o tivessem roubado, n�o ir�amos para o sacrif�cio", contou.

Segundo Ara�jo, seus eleitores acham que a reforma vem em forma de "conta" para o brasileiro pagar, ao inv�s de a Uni�o cobrar dos grandes devedores da Previd�ncia. "O povo ainda n�o est� convencido e a gente tem medo de ser execrado pelo eleitor. O governo precisa convencer o povo para que a gente vote confortavelmente", afirmou o parlamentar.

Ara�jo disse que vem recebendo mensagens de texto de eleitores no celular recomendando que ele rejeite a proposta, sob risco de n�o ser reeleito em outubro se votar a favor da reforma.

Os deputados, principalmente os que pretendem disputar a reelei��o, costumam aproveitar as f�rias para intensificar as atividades pol�ticas em seus Estados. Nas andan�as pelas bases eleitorais, os deputados apontam que no interior do Pa�s a propaganda do governo pr�-reforma ainda � deficiente e que, embora os esclarecimentos tenham ficado mais "did�ticos" onde chegam, o governo perdeu a batalha inicial da comunica��o.

Agora, dizem os deputados, � dif�cil reverter a percep��o de que o projeto � prejudicial aos trabalhadores. "O eleitor, sobretudo do Piau�, � contr�rio � reforma da Previd�ncia. Ficou na cabe�a das pessoas que o texto � contra o povo. E � dif�cil mudar a cabe�a das pessoas. N�o sei se o governo vai conseguir reverter isso, n�o", resumiu o deputado Marcelo Castro (MDB-PI).

O emedebista disse ter ficado satisfeito com a retirada dos trabalhadores rurais do texto, elogiou o aumento gradual da idade m�nima, mas disse que ainda n�o tem voto definido. "Tenho de estar convencido e em sintonia com meu eleitor", declarou Castro.

Desconfian�a


Ex-l�der da bancada do PP, Eduardo da Fonte (PE) disse que j� foi abordado por eleitores questionando o quanto o Pa�s paga em juros e se o que o governo gasta com a d�vida n�o seria suficiente para cobrir a Previd�ncia.

"O maior problema do Brasil � o que se paga de juros para rolar a d�vida", comentou. Para o parlamentar, n�o h� mais propaganda que fa�a o governo melhorar o conceito da popula��o pernambucana sobre a reforma. "N�o posso votar contra o meu eleitor", afirmou.

No Distrito Federal, um dos vice-l�deres do governo na C�mara, o deputado Rog�rio Rosso (PSD-DF) disse que � comum a desconfian�a dos eleitores sobre os n�meros deficit�rios da Previd�ncia. Ele considera que o Executivo errou ao produzir um texto inicial "muito duro" e ao eleger os servidores como foco dos privil�gios que a nova Previd�ncia pretende atacar. "O uso do servidor como algoz foi um tiro no p�", considerou.

Rosso e o l�der do PR na Casa, Jos� Rocha (BA), concordam que hoje o governo ainda est� longe de garantir os 308 votos necess�rios para aprovar uma emenda � Constitui��o, por isso ambos t�m d�vidas se a PEC ser� realmente votada em fevereiro.

Rocha, no entanto, observa que o calend�rio � limitado, j� que as atividades parlamentares come�am em per�odo de carnaval, depois em mar�o haver� a janela de trocas partid�rias e, em abril, se encerra o prazo de desincompatibiliza��o para quem pretende deixar o Executivo para disputar a elei��o. "Depois, para dar qu�rum com seguran�a neste per�odo n�o ser� f�cil", disse Rocha.


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