
O Minist�rio da Seguran�a P�blica descartou a hip�tese dos caminhoneiros voltarem a paralisar suas atividades ap�s terem suas principais reivindica��es atendidas e encerrarem o movimento paredista que durou 11 dias. O boato de que a categoria organizaria uma nova paralisa��o ganhou for�a a partir do compartilhamento de mensagens pelo Whatsapp.
Segundo a assessoria da pasta, o ministro Raul Jungmann determinou que a Pol�cia Federal apure os objetivos de quem espalhou o boato. A investiga��o ocorrer� no �mbito dos inqu�ritos j� instaurados para apurar a paralisa��o e a suspeita de envolvimento de empres�rios na condu��o dos protestos que, inicialmente, tinham como motiva��o a alta do pre�o dos combust�veis, mas logo incorporaram outras demandas � pauta de reivindica��es.
“Prosseguem as investiga��es sobre as a��es com cunho pol�tico. A PF e demais �rg�os de seguran�a permanecem mobilizados, investigando poss�veis infiltra��es no movimento [dos trabalhadores]”, informou a assessoria do minist�rio a Ag�ncia Brasil.
Em entrevista � R�dio Jornal, do Recife, o ministro disse j� ter conversado sobre o assunto com o ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), S�rgio Etchgoyen. Segundo Jungmann, o servi�o de intelig�ncia j� identificou de onde partiram as mensagens, tratadas pelas autoridades como meros boatos.
“Quero deixar claro que n�o existe esta articula��o para refazer o movimento e retomar a paralisa��o”, afirmou o ministro � r�dio pernambucana. “Trata-se de um boato que vai ser investigado pela Pol�cia Federal, pois est� evidentemente tentando criar um clima de ansiedade, de preocupa��o, divulgando dados infundados”, disse Jungmann, acrescentando que sempre pode haver manifesta��es pontuais, “mas nada sequer parecido com o que tivemos no movimento dos caminhoneiros [dos �ltimos dias]”.
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, tamb�m disse hoje (1°) que os �rg�os de intelig�ncia est�o atentos � divulga��o de v�deos e not�cias falsas que incitem a retomada da paralisa��o dos caminhoneiros e dizem que o governo n�o cumpre o acordo. Segundo ele, se for necess�rio, ser�o tomadas provid�ncias. “N�o vai ficar sem puni��o quem tentar descaracterizar a verdade dos atos praticados pelo governo”, disse Padilha em entrevista coletiva.
Inqu�ritos
At� a �ltima ter�a-feira (29), a PF j� tinha aberto 48 inqu�ritos para investigar a ocorr�ncia de locaute na paralisa��o dos caminhoneiros e encaminhado � Justi�a v�rios pedidos de pris�o. Ontem (31), o filho do dono de uma empresa de transporte e log�stica com sede em Caxias do Sul (RS) foi preso em car�ter tempor�rio durante a Opera��o Unlocked, deflagrada pela PF para reprimir a pr�tica de locaute em rodovias do estado. O locaute � a greve ou a paralisa��o realizada por ou com o incentivo de empres�rios e � proibida por lei.
O Minist�rio P�blico Federal (MPF) tamb�m instaurou diversos procedimentos investigat�rios para apurar se lideran�as do movimento dos caminhoneiros infringiram a Lei de Seguran�a Nacional (Lei 7.170/1983) em ao menos quatro estados (S�o Paulo, Goi�s, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) onde foram registrados atos e declara��es de indiv�duos insuflando outros manifestantes a pedirem interven��o militar no pa�s.