
Bras�lia – Com potencial de gerar 170 vezes mais eletricidade do que a atual matriz brasileira, a energia solar ainda � subaproveitada no pa�s, contribuindo com menos de 1%. Iniciativas pontuais, no entanto, revelam que investir em gera��o fotovoltaica � cada vez mais necess�rio e providencial para o Brasil, que, al�m de ser um pa�s tropical, com muita irradia��o solar, precisa conter os gastos. Se o governo federal replicar em todos os pr�dios p�blicos a instala��o que cobre apenas o Minist�rio de Minas e Energia (MME) e, bem recentemente, a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), poderia economizar, pelo menos, R$ 200 milh�es por ano em energia.
O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, explica que, na ocasi�o da implanta��o, se calculava que a usina seria capaz de gerar cerca de 7% do consumo do pr�dio do MME. “Um ano depois, um balan�o apontou que contribuiu com 10%, porque os pain�is fazem sombra, o que amenizou o calor nos andares mais altos e reduziu o consumo de ar-condicionado”, explica. “A gera��o solar pode garantir, pelo menos, 10% da energia nos demais pr�dios p�blicos, mas em alguns edif�cios pode chegar a 90%, se for mais horizontal.”
No caso da Aneel, que inaugurou a primeira etapa de uma usina fotovoltaica na sede em Bras�lia na �ltima semana de junho, a gera��o solar vai garantir redu��o de 20% nos gastos com energia. Com investimento de R$ 1,8 milh�o, a usina de microgera��o distribu�da, com 1.760 pain�is de 1,65m² e pot�ncia de 510,40 kWp, vai gerar uma m�dia de 710 megawatts hora (MWh) por ano. A ag�ncia tamb�m instalou um autoposto para abastecer carros el�tricos. “A Absolar, recentemente, entregou ao Rodrigo Maia (deputado do DEM-RJ e presidente da C�mara dos Deputados) uma proposta de projeto t�cnico e econ�mico para instala��o de energia solar nos anexos do Legislativo”, conta. Dependendo do tamanho do sistema, Sauaia estima investimento de R$ 2 milh�es para economia l�quida pode mais de 18 anos, uma vez que a vida �til dos equipamentos � de mais de 25 anos.
DESEMPENHO
O superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Efici�ncia Energ�tica da Aneel, Ailson de Souza Barbosa, explica que o projeto foi poss�vel gra�as � elabora��o de um contrato de desempenho, pioneiro no setor p�blico e com potencial de expans�o para outros �rg�os. A obra foi inclu�da no Projeto de Efici�ncia Energ�tica (PEE) da Companhia Energ�tica de Bras�lia (CEB), que aportou os recursos para instala��o do sistema. � medida que a usina gera, a fatura de energia da autarquia diminui. A ag�ncia continuar� pagando o restante da fatura at� amortizar o investimento e, quando o dinheiro voltar para a CEB, ser� aplicado em outros projetos de efici�ncia energ�tica.
“O contrato � de ganha-ganha porque h� o retorno do recurso, sem nenhuma gratuidade. Por enquanto, fizemos s� o bloco H. Daqui a um m�s devemos concluir mais dois blocos. A partir da� teremos economia de 20% em cima do consumo atual, que deve ser reduzido com outras medidas, como a otimiza��o dos sistemas de ar-condicionado e de ilumina��o”, diz. Para Barbosa, a Aneel est� dando o exemplo para o setor p�blico com a instala��o da usina. “O contrato de desempenho deve atrair o interesse de outros �rg�os”, aposta.
