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Estado de Minas

'Mudar o pa�s exige a mobiliza��o de todos', diz presidente da Gol

Executivo lidera movimento para debater e buscar sa�das para temas sens�veis ao pa�s


postado em 30/08/2018 06:00 / atualizado em 30/08/2018 07:48

Paulo Kakinoff, presidente da Gol(foto: REUTERS/Paulo Whitaker )
Paulo Kakinoff, presidente da Gol (foto: REUTERS/Paulo Whitaker )


S�o Paulo – O executivo paulista Paulo Kakinoff, presidente da Gol Linhas A�reas, se tornou um dos principais personagens da ind�stria da avia��o comercial brasileira nos �ltimos anos. No comando da empresa desde julho de 2012, Kakinoff levou para a complexa administra��o de uma companhia a�rea sua experi�ncia acumulada em cargos de comando na Volkswagen e na Audi, onde chegou � presid�ncia, em 2009. Aos 43 anos, o executivo � tamb�m protagonista do uma iniciativa que tem um objetivo social: o movimento “Voc� muda o Brasil”.

Trata-se de um grupo formado por empres�rios, executivos, acad�micos e profissionais de diferentes setores da economia que tem a miss�o de debater e propor sa�das para assuntos sens�veis � sociedade brasileira, como �tica, cidadania e consci�ncia pol�tica. “Precis�vamos mobilizar mais pessoas para que elas tamb�m intensifiquem suas iniciativas para a a��o, seja acompanhando mais de perto o trabalho do poder p�blico, seja pesquisando mais sobre seus candidatos para votar de maneira consciente”, disse Kakinoff em entrevista ao Estado de Minas.

Segundo ele, embora fa�a parte desse esfor�o o incentivo ao voto consciente em 2018, o grupo tem como norma n�o exercitar qualquer forma de engajamento pol�tico-partid�rio. Seus integrantes se re�nem h� mais de dois anos tendo como prioridade estudar a realidade nacional e definir formas de contribuir concretamente para uma sociedade mais moderna e conectada com o cen�rio internacional em permanente evolu��o.

“N�o queremos que esse debate se restrinja ao universo empresarial, do qual fazemos parte. Ao contr�rio, nossa inten��o � levar a mensagem de engajamento ao maior n�mero de pessoas poss�vel, de todas as esferas da sociedade”, afirmou Kakinoff. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista:


Como surgiu a iniciativa de lan�ar o movimento “Voc� muda o Brasil” e por que raz�o ele foi criado?

O grupo surgiu em 2016 de forma espont�nea, a partir da reuni�o de empres�rios e executivos que j� se conheciam e praticavam a��es de responsabilidade social em suas empresas e tamb�m como pessoa f�sica. Em conversas de neg�cios, vimos como seria positiva uma discuss�o conjunta sobre civismo e mobiliza��o em torno de temas que consideramos caros � sociedade como um todo. No fim daquele ano, come�amos a nos reunir para discutir um prop�sito em comum.

Quais temas voc� considera caros � sociedade e o que pretende fazer para disseminar as ideias do movimento, de forma que elas de fato saiam do papel?
Nesses dois anos, desde os primeiros encontros do grupo, discutimos, primeiro, que tipo de a��o v�amos como as mais efetivas para ajudar na constru��o de um pa�s melhor. Conclu�mos que n�o podemos, como sociedade, nos limitar a elaborar diagn�sticos sobre os desafios brasileiros. Os problemas do pa�s s�o bastante conhecidos.

Sim, os problemas s�o bastante conhecidos, mas persistem. O que efetivamente � preciso fazer para que o pa�s comece a mudar? H� boas ideias por a�, mas a maioria fica apenas no campo do discurso.
Devemos todos agir. Definimos, assim, que precis�vamos mobilizar mais pessoas para que elas tamb�m intensifiquem suas iniciativas para a a��o, seja acompanhando mais de perto o trabalho do poder p�blico, seja pesquisando mais sobre seus candidatos para votar de maneira consciente. O f�rum da �ltima segunda-feira, em S�o Paulo, foi nossa primeira a��o p�blica, mas o trabalho de est�mulo ao debate deve continuar.

Em geral, movimentos organizados pela sociedade civil acabam se aproximando de partidos pol�ticos. No caso do “Voc� muda o Brasil”, h� alguma inclina��o partid�ria ou ideol�gica do movimento?
O movimento n�o tem qualquer vincula��o pol�tico-partid�ria. Cada um de n�s tem suas prefer�ncias pol�ticas e fazemos quest�o de n�o discutir nomes ou correntes ideol�gicas. Nosso prop�sito maior � pensar no todo do pa�s. Nossa agenda � pr�-Brasil.

Um aspecto interessante � que o movimento � formado basicamente por empres�rios. Isso n�o � restritivo demais? N�o h� o risco de a iniciativa ficar circunscrita a um n�mero pequeno de pessoas?
Esse grupo se uniu por afinidade de ideias e prop�sitos e tamb�m porque nos encontramos frequentemente em agendas empresariais, mas os valores que defendemos s�o do interesse de toda a sociedade. Afinal, todos n�s queremos educa��o, civismo e justi�a social. N�o queremos que esse debate se restrinja ao universo empresarial, do qual fazemos parte. Ao contr�rio, nossa inten��o � levar a mensagem de engajamento ao maior n�mero de pessoas poss�vel, de todas as esferas da sociedade.

Os candidatos dos dois extremos, Luiz In�cio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, lideram as pesquisas de inten��o de voto. Isso preocupa?
N�o nos manifestamos sobre candidaturas, partidos ou correntes pol�ticas. Nesses aspectos, nosso �nico foco � a promo��o do voto consciente no candidato que melhor atender �s expectativas de cada indiv�duo. As pessoas t�m que se informar bem antes de escolher seus candidatos. Hoje � poss�vel  obter muita informa��o qualificada na internet, e de fontes confi�veis. Basta o cidad�o ter interesse. Queremos uma sociedade protagonista de seu destino e consciente de suas escolhas, sejam elas quais forem.

Qual � o papel da Gol nesse movimento?
Antes de empres�rios e executivos, somos cidad�os correspons�veis pelo futuro do pa�s em que nascemos e constru�mos nossas vidas e carreiras. Esta n�o � uma iniciativa de empresas, mas de homens e mulheres que atuam no meio empresarial e que querem utilizar os recursos ao seu alcance para estimular outros brasileiros a lutar pelo pa�s que desejamos. Essas bandeiras s�o de interesse de todos, cidad�os e empresas.

Durante muito tempo, o meio empresarial parece ter aceitado passivamente a crise brasileira, deixando que ela ganhasse propor��es inesperadas. Como as empresas podem contribuir para mudar o Brasil?
Um dos temas que discutimos � a mudan�a de atitude dos indiv�duos para que o todo da sociedade comece a se transformar. O protagonismo de todos os setores na busca pelo Brasil que desejamos em �reas vitais como educa��o, sa�de, civismo e seguran�a p�blica, apenas para citar alguns, � fundamental para o nosso processo evolutivo como sociedade. O mesmo vale para as empresas. Mudar o pa�s para melhor exige a mobiliza��o de todos, mas �, antes de tudo, uma atitude individual. Precisa come�ar com cada um de n�s, em nosso dia a dia.

O baixo n�mero de eleitores que pretendem votar em empres�rios ou executivos com trajet�ria de sucesso, como � o caso de Henrique Meirelles e Jo�o Amo�do, n�o revela que existe uma grande rejei��o a propostas de empres�rios?  
Nunca tivemos tantos empres�rios envolvidos com as elei��es como em 2018. Mais de 10% de todas as candidaturas registradas neste ano s�o de homens e mulheres que se declaram empres�rios, segundo os dados do TSE. Duas d�cadas atr�s, o n�mero era de apenas 2%.

Fazer campanha � uma coisa, vencer � outra. Na corrida presidencial, por exemplo, as pesquisas mostram um desempenho bastante t�mido de Meirelles e Amo�do.
Alguns candidatos v�o vencer, outros n�o v�o, e isso � parte da democracia, mas o grande dado sobre o papel do empresariado nos debates sobre o futuro do pa�s � que o engajamento nunca foi t�o alto, seja concorrendo a cargos p�blicos nas elei��es, seja participando de movimentos apartid�rios.

 

 


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