O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy ser� o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Atual diretor financeiro do Banco Mundial, Levy j� est� esvaziando suas gavetas na sede da institui��o multilateral, em Washington (EUA), para se mudar para o Rio, substituindo Dyogo Oliveira no comando do banco de fomento brasileiro. Na tarde desta segunda-feira (12) Joaquim Levy aceitou o convite, divulgou a assessoria de imprensa de Paulo Guedes.
Segundo uma fonte que acompanha a forma��o da equipe de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Levy assumiria o cargo sob promessa de ampliar a intera��o do BNDES com os organismos multilaterais, como o pr�prio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Eventuais parcerias para o banco brasileiro captar recursos junto a essas institui��es permitiriam ampliar o montante a ser devolvido ao Tesouro no pr�ximo ano.
A oficializa��o do nome de Levy para o cargo deve sair entre esta segunda e ter�a-feira. O economista, que mora hoje nos Estados Unidos, estava em d�vida se aceitava o convite por conta da fam�lia - que n�o deve voltar ao Brasil de imediato -, mas acabou dizendo sim.
Liberal
A indica��o de Levy pode ser considerada uma vit�ria da vis�o econ�mica mais liberal, capitaneada pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, dentro do governo. O grupo formado por militares na equipe de Bolsonaro, com vis�o um pouco mais estatizante, defenderia um BNDES menor, mas com alguma fun��o no financiamento � inova��o e aos investimentos em infraestrutura.
J� para o grupo mais liberal, o BNDES poderia se dedicar apenas �s privatiza��es de estatais e estrutura��o de projetos de concess�es de infraestrutura � iniciativa privada. Essa fun��o teria prazo de validade. Vendidas as estatais e concedidos os principais projetos de infraestrutura em carteira, o BNDES poderia at� mesmo ser extinto.
Assim como Guedes, Levy, que � engenheiro naval, tem doutorado na Universidade de Chicago, mais importante centro do pensamento liberal em economia. Secret�rio do Tesouro Nacional no governo Lula, integrando a equipe montada pelo ent�o ministro da Fazenda Ant�nio Palocci, foi tamb�m secret�rio de Fazenda no primeiro governo de S�rgio Cabral no Estado do Rio.
Antes de voltar ao governo federal, no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, foi presidente da Bram, a gestora de recursos do Bradesco.
Quando assumiu o Minist�rio da Fazenda, em 2015, Levy comandou uma primeira rodada de conten��o no BNDES, com eleva��o de taxas de juros. O economista Luciano Coutinho seguiu no comando do banco de fomento, mas o ent�o ministro foi nomeado presidente do Conselho de Administra��o da institui��o, ampliando a vigil�ncia sobre suas a��es.
Recursos
A atual programa��o do BNDES prev� a devolu��o de R$ 26,6 bilh�es ao Tesouro em 2019, conforme o cronograma da reestrutura��o da d�vida com a Uni�o, firmada em julho. Mas, na semana passada, o diretor financeiro do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o banco poderia devolver R$ 40 bilh�es a mais, se os desembolsos de 2019 ficarem entre R$ 70 bilh�es e R$ 80 bilh�es e n�o houver necessidade de devolu��es ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Ampliar os montantes a serem devolvidos a cada ano significaria acelerar a estrat�gia de diminuir o BNDES para devolver antecipadamente os R$ 416 bilh�es aportados pelo Tesouro entre 2008 e 2014.
Nota
O economista Joaquim Levy aceitou o convite e ser� indicado para presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
Com extensa experi�ncia em gest�o p�blica, PhD em economia pela Universidade de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econ�mica do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Atenciosamente,
Assessoria de Imprensa - Paulo Guedes