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Estado de Minas

De papel higi�nico a foto na hora: criatividade ajuda a faturar com carnaval de BH

Folia gerou lucro para trabalhadores que buscaram oportunidade de faturar nos cortejos dos blocos


postado em 07/03/2019 09:00 / atualizado em 07/03/2019 09:53

O fotógrafo Albert Ramos inovou na oferta de fotos impressas ao custo de R$ 10(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
O fot�grafo Albert Ramos inovou na oferta de fotos impressas ao custo de R$ 10 (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

 

Com 5 milh�es de pessoas nas ruas de Belo Horizonte dispostas a comer, beber e se enfeitar, al�m de curtir a festa de Momo, o carnaval se confirmou como fonte de renda para muita gente. Em meio � crise da economia, trabalhadores desempregados ou com ocupa��o se transformaram em ambulantes para garantir recurso extra e, de quebra, aproveitar o som e o clima de alegria dos cerca de 600 blocos que desfilaram pela capital em 2019. Para o foli�o, havia servi�os de todo tipo, at� venda de papel higi�nico a R$ 1 �s portas de banheiros.

Inova��o foi a t�nica do fot�grafo e produtor de eventos Albert Ramos, de 49. Ele trocou o catu�a� gourmet, que oferecia a R$ 10 nos tr�s anos anteriores, pelo servi�o de foto instant�nea. Para isso, adaptou impressora num  triciclo e, com carro de som, e passou a vender as imagens dos foli�es registradas e entregues prontas para o porta-retratos por R$ 10.

“Gosto de me divertir junto, ent�o, estou sempre nos blocos de minha prefer�ncia. Ainda n�o sei qual vai ser um resultado porque � um produto novo”, disse o aut�nomo, que, na �ltima festa, apurou R$ 5 mil vendendo bebidas.

Para ganhar dinheiro com os milhares de foli�es que circularam por BH, o seguran�a patrimonial Wagner das Chagas Reis, de 46, usou um Ford Fiesta como loja itinerante e ofereceu o kit completo de sobreviv�ncia para os carnavalescos de plant�o. No cap�, o ve�culo oferecia de spray para cabelo e espuma a enfeite, confete e serpentina. E Wagner n�o parou de vender. “D� para tirar R$ 1 mil por dia”, diz.

Como estrat�gia para n�o perder vendas e ter mais seguran�a, ele escolheu os blocos que desfilaram em regi�es mais nobres de BH, como Savassi e Belvedere; e as festas fechadas do Bairro Olhos D’�gua. Segundo Wagner, neste carnaval, os clientes estiveram mais dispostos a comprar e pechincharam menos.

Quem tamb�m mudou, s� que de cidade, foi o almoxarife Eliseu Mois�s da Silva, de 38. Ele resolveu trocar os carnavais das cidades hist�ricas de Mariana e Ouro Preto pela festa de Belo Horizonte, com a expectativa de manter bom lucro. Ele percorreu os blocos com coroas de flores, colares e outros adere�os, al�m de um dos itens mais procurados, a capinha de chuva. S� no s�bado, em que a �gua deu as caras na festa, vendeu 70 unidades. “Investi cerca de R$ 1 mil e vim pra tentar ganhar um extra. Os enfeites saem bastante”, disse. Eliseu estimava ontem lucro ao redor de R$ 2 mil com a folia.

Durante a festa de Momo, os administradores Fernanda Cattoni e Lucas Vieira transformam em negócio a habilidade com colares(foto: Fotos: Túlio Santos/EM/D.A Press )
Durante a festa de Momo, os administradores Fernanda Cattoni e Lucas Vieira transformam em neg�cio a habilidade com colares (foto: Fotos: T�lio Santos/EM/D.A Press )


O casal Fernanda Cattoni e Lucas Vieira fez do corpo uma vitrine e saiu �s ruas para vender colares coloridos. Os dois trabalham como administradores ao longo do ano, mas exploram a veia de artes�os durante o carnaval para tamb�m ganhar dinheiro extra. “� uma chance tamb�m de rodar os blocos e se divertir”, conta Lucas, que carrega dezenas de colares nos bra�os. O dia D das vendas � a segunda-feira, quando o bloco Baianas Ozadas desfila na Avenida Afonso Pena. “� o nosso foco por causa da fantasia e nesse dia levamos o m�ximo de colares que conseguimos”, diz Fernanda.

Cr�tica

Apesar da tentativa de ganhar dinheiro extra, o comerciante Carlos Junio, de 41, afirma que, este ano, deve ter preju�zo e critica o aumento de pre�o dos fornecedores de bebidas. “Do jeito que est� n�o ganhamos nem um real por lata. Ainda mais com chuva, estamos � tendo preju�zo”, afirma.

Ainda segundo Carlos, este ano, com o carnaval antes do pagamento dos sal�rios, muita gente trouxe as bebidas de casa para economizar. “E s�o s� 13,5 mil concorrentes, fora os vendedores clandestinos”, diz.


Pre�os variam 158% para Quaresma

A quaresma come�ou ontem com grande disparidade de pre�os de peixes frescos e frutos do mar na Grande Belo Horizonte. O site de pesquisas Mercado Mineiro encontrou diferen�a de at� 117% nos pre�os do bacalhau saithe, entre R$ 29,90 e R$ 65 o quilo em estabelecimentos consultados em 27 e 28 de fevereiro. Se a op��o for pelo Bacalhau do porto imperial, que custa de R$ 89 a R$ 129 o quilo, o consumidor vai observar diferen�as de 44,9%. Quando a pesquisa enfatiza o camar�o sete barbas G, a varia��o de pre�os alcan�a 137%, uma vez que o quilo do produto foi encontrado entre R$ 32,90 e R$ 78. A disparidade sobe     a 158% para o camar�o rosa limpo m�dio, vendido de  R$ 49,90 a R$ 129. A pesquisa completa pode ser consultada no site mercadomineiro.com.br.


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