
S�o Paulo – Sustentabilidade, equidade e inclus�o s�o temas que t�m sido incorporados �s regras de conduta das principais empresas globais. Mas as companhias que atuam no Brasil ainda sentem dificuldade em encontrar fornecedores que estejam alinhados com essas pr�ticas cada vez mais disseminadas nas grandes corpora��es. A ag�ncia de marketing MCM Brand Group tem atuado nesse segmento h� pelo menos 14 anos, atendendo a companhias de grande porte, e acaba de lan�ar um selo, o Lado B, e um programa de qualifica��o de fornecedores.
Para isso, passa a contar com a parceria de duas organiza��es, a Integrare e WeConnect. Foi preciso estruturar um projeto para dar conta dessa demanda dos clientes, conta CEO da MCM, M�nica Schimenes. Entre as empresas que fazem parte desse programa est�o a BASF, a Dell e a IBM.
M�nica lembra que as empresas vinham buscando formas de ampliar sua atua��o a partir desses temas, mas que enfrentavam dificuldades por n�o encontrar quem estivesse alinhado com os mesmos prop�sitos. Foi quando discutiram a possibilidade de envolver os fornecedores nas discuss�es sobre inclus�o, de sustentabilidade e de pol�ticas de equidade.
“O Selo B � uma iniciativa privada e pr�pria, foi criado a partir da nossa necessidade de querer fazer algo al�m”, diz M�nica. Para os clientes est� oferecendo fornecedores para preparar e qualificar para que atendam multinacional com as regras que tem fornecedores preparados.
Diversidade entre os profissionais
Com o treinamento das ONGs, a expectativa � que esses fornecedores passem a saber como incluir em suas empresas, por exemplo, ind�genas, negros, deficientes e mulheres e passem a valorizar esses profissionais em suas equipes.
Nesse processo de treinamento e concess�o do Selo B, alguns fornecedores foram selecionados para fazer uma esp�cie de ‘intensiv�o”, com o desenvolvimento desse aprendizado de forma mais pr�pria, com dicas como a melhor forma de preparar o portf�lio e para fazer a melhor entrega para os clientes.
Apesar desse esfor�o, encabe�ado predominantemente por empresas estrangeiras, as subsidi�rias brasileiras ainda contam com menos apoio financeiro para esses programas de inclus�o e sustentabilidade do que suas matrizes, conforme explica M�nica. “L� fora elas t�m muito mais dinheiro para essas pol�ticas.”
Sem retrocesso
Mesmo com a escassez de recursos, a CEO da MCM acredita que as multinacionais que abra�aram esses temas em seu dia a dia v�o continuar com seus programas. “O que escuto nos f�runs que contam com a presen�a dessas empresas � que n�o h� a menor hip�tese de elas retroagirem nesses temas e nos direitos garantidos. Aqui dentro a gente n�o vai dar um passo para tr�s”, afirma M�nica.
Entre os direitos citados por M�nica nessas multinacionais engajadas com o tema da inclus�o e diversidade est�o, por exemplo, o plano de sa�de do funcion�rio estendido ao parceiro ou parceira do mesmo sexo. “No �mbito privado esses direitos permanecer�o, mesmo que haja algum tipo de retrocesso fora e o poder p�blico venha a se descolar dessas conquistas dos �ltimos anos. N�o tem mais como depender do poder p�blico para fazer a transforma��o, mas continuamos acreditando o nosso poder multiplicador”.