
S�o Paulo - Qualquer passeio entre g�ndolas tumultuadas dos shoppings populares das grandes cidades brasileiras nos �ltimos seis meses levou o consumidor � procura de smartphones aos celulares Xiaomi. Com pre�os extremamente atrativos e rela��o custo-benef�cio alardeada por canais especializados e youtubers aficionados, os aparelhos j� ca�ram no gosto de muita gente, vindo por importa��o direta. Nesta ter�a-feira (21/5), a marca anunciou como pretende surfar nesta onda (e dom�-la?).
A empresa lan�ou oficialmente no Brasil portf�lio com centenas de produtos (tem at� guarda-chuva e barbeador) e os canais oficiais de venda: uma loja f�sica em um shopping de S�o Paulo e e-commerce em portugu�s. Tudo come�a na primeira semana de junho.
O custo-Brasil, como est� longe de deixar de ser, onera os pre�os do canal oficial, em especial na compara��o com essa importa��o direta praticada em lojas virtuais chinesas e mercados populares, mas isso parece n�o preocupar a companhia.
"O mercado brasileiro � grande e importante. E o projeto prev� a importa��o em grandes quantidades. Respeitamos os outros canais e a importa��o direta. Esse volume grande vem para atender outro mercado. Atingir outros consumidores, atrav�s da oferta dos produtos tanto nas lojas f�sicas quanto da loja online. Acreditamos que quando as pessoas conhecerem os produtos, isso vai fazer diferen�a na decis�o de comprar", explica Luciano Barbosa, head do projeto Xiaomi Brasil.
A confian�a neste resultado de m�dio a longo prazo fez, inclusive, com que o marketing da companhia n�o preparasse nem condi��es especiais como parcelamento ou campanhas do tipo 'traga seu smartphone antigo para abater o pre�o'.
Em termos pr�ticos, o principal diferencial ser� garantia e acesso � assist�ncia, como detalha Barbosa: "Os produtos que forem adquiridos via canal oficial t�m sim garantia local. Os que forem comprados por outros canais, n�o ter�o".
Para garantir a "agilidade" do processo, a vinda oficial da Xiaomi para o Brasil, neste momento, descarta a fabrica��o local de produtos. A empresa parceira da companhia no processo de importa��o � a DL, que tem f�brica em Santa Rita do Sapuca�, no Vale da Eletr�nica do Sul de Minas. "O projeto n�o contempla um plano de fabrica��o local, a DL � respons�vel por operacionalizar a chegada dos produtos", diz Barbosa.
Smartphones
A princ�pio, a empresa vai trazer os smartphones Mi 9, Redmi Note7, Redmi Go, Redmi Note 6 Pro, Redmi 7, Pocophone F1 e Mi 8 Light. Dentre os pre�os anunciados no evento de lan�amento nacional, est�o o do Redmi Note 7 (a partir de R$ 1,7 mil) e o do Mi 9 (R$ 4 mil). Os dois aparelhos t�m superc�mera com resolu��o de 48MP.
Internet das coisas
Uma pulseira inteligente conta para a sua lumin�ria que voc� j� entrou em sono profundo e ent�o ela desliga. Esse � um dos recursos que exemplificam o funcionamento do "ecossistema" de produtos Xiaomi, que permite aos aparelhos "conversarem" sem necessariamente que os comandos passem pelo celular.
Essas e outras inova��es prometem ser a vedete da loja da Xiaomi no Shopping Ibirapuera, na capital paulista, para vender de celulares a rob�s que varrem a casa, passando por patinetes, caixas de som, paus de selfie e projetores.
Estrat�gia
O foco em levar os produtos de maneira oficial para mais pa�ses coroa fase anunciada como pujante para a Xiaomi. Esta semana, o resultado trimestral da companhia mostrou que a receita saltou 27% e isso se deve, em parte, ao crescimento das vendas fora do mercado chin�s - onde a comercializa��o global de smartphones recuou 7%. A Xiaomi tornou-se a maior fornecedora de smartphones na �ndia e cresce tamb�m nos pa�ses europeus em que opera desde o ano passado.
* O jornalista viajou a convite da Xiaomi.