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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Empresa Franco-su��a devolve o que tirou da natureza no Brasil

LafargeHolcim planta no Brasil 91 mil mudas em minas aposentadas e mostra que � poss�vel recuperar regi�es seriamente degradadas, minimizando danos da explora��o


postado em 11/06/2019 06:00 / atualizado em 11/06/2019 09:09

Mina de Felicíssimo, em Sorocaba (SP), pertencente a Lafarge Holcim, depois da recuperação ambiental(foto: Divulgação/LafargeHolcim)
Mina de Felic�ssimo, em Sorocaba (SP), pertencente a Lafarge Holcim, depois da recupera��o ambiental (foto: Divulga��o/LafargeHolcim)

S�o Paulo – As trag�dias ambientais causadas pelo rompimento das barragens de Mariana e de Brumadinho, em Minas Gerais, chamaram a aten��o para a fragilidade n�o apenas da seguran�a nas atividades de minera��o, mas tamb�m da fiscaliza��o pelos �rg�os p�blicos.


Um projeto no interior de S�o Paulo mostra que mesmo uma atividade de explora��o de recursos minerais pode, ao fim do seu ciclo, minimizar seus danos.

Uma �rea de 51 hectares, o equivalente a cerca de 51 campos de futebol, voltou a ser coberta por vegeta��o depois de d�cadas de atividade. Foram 10 anos at� a conclus�o do projeto e investimentos de US$ 3 milh�es, que inclu�ram a compra e o plantio de 91 mil mudas de �rvores nativas – parte veio de um viveiro mantido pela multinacional em Minas Gerais.


As �reas de 150 hectares (Felic�ssimo) e de 50 hectares (Ipanema) comp�em juntas a concess�o de lavra explorada pela franco-su��a LafargeHolcim.

Mina de Felicíssimo, em Sorocaba (SP), pertencente a Lafarge Holcim, depois da recuperação ambiental(foto: Divulgação/LafargeHolcim)
Mina de Felic�ssimo, em Sorocaba (SP), pertencente a Lafarge Holcim, depois da recupera��o ambiental (foto: Divulga��o/LafargeHolcim)

Desse total, foram explorados 51 hectares. Os recursos para a recupera��o das duas minas aposentadas vieram do provisionamento feito ao longo de anos, numa pol�tica definida pela multinacional e aplicada n�o apenas em suas cerca de 15 minas no Brasil (voltadas �s opera��es de agregados, como brita usada para a constru��o civil, e cimento), mas em todas as opera��es no exterior.


Em dezembro, foi editada uma Medida Provis�ria que, ao regulamentar o C�digo de Minera��o, tornou esse tipo de provisionamento obrigat�rio para a recupera��o de minas fechadas (como se denomina quando elas se tornam improdutivas e a extra��o de min�rio � conclu�da), mas quem atua no setor aponta para a falta de detalhamento no texto.

No projeto da LafargeHolcim – o primeiro desenvolvido pela companhia no Brasil –, al�m de entregar o terreno com uma nova �rea verde, tamb�m foi reaproveitada parte das instala��es da unidade de produ��o.

Cerca de 500 metros c�bicos de concreto n�o armado e outros 500 metros c�bicos de tijolo foram encaminhados ao aterro sanit�rio de Sorocaba, onde ficava a mina.


Quando chegam ao fim, opera��es como a de Felic�ssimo e Ipanema passam por um desmonte das constru��es (que inclui escrit�rio, casas, dep�sitos, britador, rede el�trica, oficina de manuten��o) e a remo��o de maquin�rio e de res�duos da extra��o de calc�rio. Uma parte desse material foi destinada para a manuten��o de estradas. Outra parte p�de ser reaproveitada pela comunidade das �reas de assentamento em Ipanema.


No ano passado, a LafargeHolcim comunicou ao Ibama que havia conclu�do os trabalhos na mina paulista, mas ainda falta o sinal verde do �rg�o p�blico para que a �rea volte definitivamente para a Uni�o. At� que isso ocorra, a multinacional � respons�vel por monitorar a regi�o.


Para o plantio de mudas foi poss�vel aproveitar o material descartado durante a vida �til da mina, diferentemente do que acontece com o min�rio de ferro.

Na extra��o do calc�rio, s�o retiradas camadas superiores de solo �rido, estocadas uma por cima da outra, formando uma esp�cie de degrau (os taludes). Essas s�o as chamadas pilhas de est�ril, que chegam a 60 metros de altura. Na t�cnica de recupera��o usada pela LafargeHolcim, o plantio das mudas foi feito no topo da pilha, transformada em floresta. Essa t�cnica, segundo a companhia, garante a estabilidade geot�cnica do terreno.


Para Bruno Hallak, gerente de meio ambiente da companhia, apesar de min�rio e calc�rio terem caracter�sticas muito diferentes, os acidentes em minas em Mariana e Brumadinho alertaram para a necessidade de aumentar os cuidados no setor.

“Existe uma preocupa��o maior da sociedade e dos �rg�os de fiscaliza��o. Mas temos no Brasil uma legisla��o avan�ada. N�o s�o todos os pa�ses onde atuamos que t�m uma legisla��o t�o espec�fica quanto a que vemos aqui, como no caso da obriga��o do provisionamento para reparar a �rea explorada”, explica.


O projeto paulista rendeu � LafargeHolcim, em abril, durante o F�rum Programas de Recupera��o de �reas Degradadas (PRAD) no Licenciamento de Minera��o, um certificado de reconhecimento do Ibama pelas a��es desenvolvidas naquela regi�o.


Apesar da experi�ncia no interior de S�o Paulo, uma nova recupera��o de mina fechada pela LafargeHolcim dever� levar tempo. As atuais opera��es no Brasil, segundo Hallak, t�m pela frente pelo menos 10 anos de explora��o. Mas o provisionamento de recursos para aplicar na recupera��o ambiental vem sendo feito desde o in�cio da explora��o dessas minas.


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