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Estado de Minas

MRV diversifica para depender menos do MCMV

Companhia apresentou dados do segundo trimestre, com destaque para a queda de distratos e o aumento dos lan�amentos


postado em 16/07/2019 06:00 / atualizado em 16/07/2019 08:29

Ricardo Paixão, diretor-executivo de finanças e RI da MRV, acredita ser possível zerar os casos de distrato(foto: Marcus Desimoni/NITRO/MRV/Divulgação )
Ricardo Paix�o, diretor-executivo de finan�as e RI da MRV, acredita ser poss�vel zerar os casos de distrato (foto: Marcus Desimoni/NITRO/MRV/Divulga��o )

S�o Paulo – A MRV Engenharia e Participa��es tem conseguido cumprir sua meta de reduzir os distratos – como s�o chamados os contratos cancelados – e melhorou no segundo trimestre seu valor geral de vendas (VGV) de lan�amentos. Esses s�o alguns dados divulgados ontem pela companhia.

A empresa apresentou redu��o de 51% no total de distratos em compara��o ao desempenho registrado no segundo trimestre de 2018, num total de 816 unidades, a menor marca em 6 anos. Esse resultado tem avan�ado, segundo Ricardo Paix�o, diretor-executivo de finan�as e RI da MRV, gra�as � decis�o da companhia de aderir � pol�tica de venda garantida – que s� concretiza o neg�cio depois de ter em m�os a carta de cr�dito do cliente aprovada pelo banco. O executivo acredita ser poss�vel zerar os casos de distrato, mas a velocidade vai depender dos contratos feitos no modelo anterior de acordo. Neste ano, a expectativa � ficar entre 9% e 10%.

Com opera��es em 158 cidades, em 22 estados e no Distrito Federal, a companhia conseguiu o maior VGV para um segundo trimestre, R$ 1,8 bilh�o, o que representa aumento de 6% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. No mesmo intervalo, os lan�amentos apresentaram crescimento de 65% se comparados ao registrado no intervalo entre janeiro e mar�o de 2019.

Outro dado relevante se refere ao crescimento de 19% nas unidades produzidas na compara��o com o segundo trimestre de 2018. A MRV tem conseguido melhorar sua performance, por conta do processo produtivo mais eficiente, que adota, por exemplo, o uso de formas de alum�nio.

Os atuais resultados da MRV refletem mudan�a na estrat�gia da companhia, que quer aumentar sua diversifica��o de fontes de receita e depender menos do programa federal Minha casa, minha vida. No ano passado, a empresa voltou a utilizar o Sistema Brasileiro de Poupan�a e Empr�stimo (SBPE), que tem como funding os recursos da caderneta de poupan�a. At� 2014, conta o diretor da companhia, o SBPE representava 30% dos lan�amentos. Com o aumento do desemprego no pa�s e a queda nos recursos dispon�veis na caderneta de poupan�a, a MRV decidiu desacelerar, mas retomou essa fonte no ano passado, quando ela representou 1% da carteira. Agora, esse n�mero j� est� em 5% e Paix�o calcula que, at� 2022, ser� poss�vel chegar a 20% at� 25%. “N�o queremos diminuir as unidades produzidas para o MCMV, cerca de 40 mil por ano, mas sim aumentar a participa��o de outras �reas de neg�cios”, explica o diretor.

POTENCIAIS Outras duas unidades de neg�cios que a MRV pretende expandir s�o a que est� sob a bandeira Urbamais, de loteamentos, e a Luggo, de loca��o de gest�o de apartamentos constru�dos pela pr�pria empresa.

A Urbamais conseguiu, no segundo trimestre, um aumento de 402,5% no n�mero de unidades vendidas em compara��o ao acumulado de janeiro a mar�o deste ano. Para Paix�o, ainda h� muito o que crescer, mas, principalmente, transformar esses n�meros em resultados mais lineares. “Lan�amos um projeto, mas depois n�o repetimos o mesmo no m�s seguinte. Mas esses neg�cios mostram que a MRV, como grupo, � mais do que uma incorporadora, mas uma plataforma habitacional”, afirma.

A Luggo � um ramo mais recente de neg�cio. Por enquanto, tem apenas um edif�cio, em Belo Horizonte, conclu�do recentemente e que j� tem 83% das unidades locadas. O p�blico-alvo � a popula��o mais jovem, “que busca mais o conceito de usar do que ter”, conta Paix�o. Toda a plataforma � digital, dispensando a tradicional burocracia dos processos de contrato de aluguel.

A MRV compra o terreno, incorpora e constr�i o pr�dio e o vende para o fundo imobili�rio, cabendo � Luggo a sua gest�o – do processo de loca��o � manuten��o dos edif�cios. Outros tr�s empreendimentos, num total de 450 unidades, ser�o entregues neste ano (dois em Curitiba e um em Campinas, no interior paulista). At� o fim do ano ser�o lan�ados mais tr�s projetos, com 650 unidades. Os im�veis s�o voltados para a classe m�dia, com renda familiar mensal entre R$ 4,5 mil e R$ 7 mil.

Paix�o acredita no potencial desse neg�cio como reflexo da queda da taxa b�sica de juros, que tem levado os investidores a buscar op��es mais rent�veis. No caso de um fundo com um empreendimento com a caracter�stica de m�ltiplos moradores, cai o risco de um rompimento de contrato de uma hora para outra.




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