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Estado de Minas

App chin�s cria identifica��o de animal pelo focinho

Com tecnologia de intelig�ncia artificial, a novidade poder� ajudar, no futuro, a resolver a situa��o de 30 milh�es de c�es e gatos perdidos ou abandonados no Brasil


postado em 18/07/2019 04:06 / atualizado em 18/07/2019 12:51

Na China, já foram coletados mais de 15 mil impressões de focinhos de animais pelo aplicativo, com uma taxa de 95% de sucesso (foto: Reprodução/site/Megvii)
Na China, j� foram coletados mais de 15 mil impress�es de focinhos de animais pelo aplicativo, com uma taxa de 95% de sucesso (foto: Reprodu��o/site/Megvii)

S�o Paulo – O reconhecido pelas digitais, pela �ris ou mesmo pelos tra�os do rosto n�o � uma novidade para quem antes era acostumado a bater ponto ou liberar catracas com uso de crach�s. O mundo da biometria, no entanto, segue com novidades e chega tamb�m aos animais.
� o caso da startup de intelig�ncia artificial chinesa Megvii, que desenvolve tecnologias de reconhecimento facial para o programa de vigil�ncia do governo chin�s, e que lan�ou um sistema capaz de identificar e rastrear c�es e gatos por meio do reconhecimento digital de seus focinhos. “As caracter�sticas de identifica��o de um focinho s�o �nicas e t�m a mesma complexidade das digitais do dedo humano ou das listras de uma zebra”, afirma o cofundador e CEO da empresa, Qi Yin. “A partir do escaneamento desses tra�os biol�gicos, coleiras e chips eletr�nicos se tornam obsoletos”, diz.

O in�dito projeto da Megvii consiste em usar intelig�ncia artificial (IoT) para reconhecer qualquer ra�a de c�o ou gato, e pode ser replicado para outros animais de reservas ecol�gicas, zool�gicos ou mesmo bichanos de estima��o. Com a identifica��o biom�trica, pode-se acessar um banco de dados global com informa��es como data de nascimento, vacina��o e hist�rico de doen�as. Segundo a empresa, para registrar um pet basta fotografar seu focinho com a c�mera do app em v�rios �ngulos diferentes.

Desde a �ltima semana, quando a Megvii come�ou a operar comercialmente, j� foram coletados mais de 15 mil impress�es de focinhos de animais pelo aplicativo, com uma taxa de 95% de sucesso no reconhecimento deles. “Esse � um bom exemplo de como as novas tecnologias podem melhorar a qualidade de vida da sociedade e, por consequ�ncia, dar mais dignidade para os animais que vivem em situa��o de rua”, afirma Juliana Camargo, presidente da Uni�o Internacional Protetora dos Animais.

Nesse projeto, o foco est� no bem-estar nos animais de rua. A empresa busca usar a tecnologia para encontrar bichos perdidos, reunir informa��es dos donos, al�m de monitorar a cria��o irrespons�vel de pets. Com isso, espera-se multar os donos que maltratam os bichos. Em um primeiro momento, o aplicativo est� dispon�vel apenas para c�es e gatos na China, mas o plano � expandir a opera��o para v�rios pa�ses at� o ano que vem, inclusive o Brasil.

A inova��o seria muito bem-vinda no pa�s. De acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de, h� mais de 30 milh�es de animais abandonados no Brasil. Destes, 20 milh�es s�o cachorros, enquanto 10 milh�es s�o gatos. Para ser ter ideia da dimens�o do problema, em 2010, o continente inteiro da Oceania tinha cerca de 36 milh�es de pessoas. Esses n�meros s�o de 2014 – o ano em que foi realizado um estudo do tipo. Portanto, os dados podem estar subestimados.

“N�o � f�cil para quem trabalha ou � engajado de alguma forma com a prote��o animal, saber que a quantidade de animais esquecidos nas ruas � t�o grande. Al�m da vida dura � qual os animais s�o submetidos, esse valor representa tamb�m um problema de sa�de p�blica”, acrescenta Juliana. “O que a biometria pode nos ajudar � ampliar a conscientiza��o de que o abandono precisa acabar e a ado��o deve ser promovida”.

Impunidade

“Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, dom�sticos ou domesticados, nativos ou ex�ticos” � crime no Brasil, de acordo com o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei .9605), de 1998. A pena de deten��o varia de tr�s meses a um ano. No entanto, embora maltratar animal seja crime, os animais s�o v�timas diretas da impunidade no pa�s.
De acordo com o advogado Carlos Cipro, presidente da Associa��o Brasileira de Advogados Animalistas, os animais s�o v�timas diretas da impunidade no pa�s porque s�o rar�ssimos os casos de condena��o. “O problema est� na pena m�xima ser de um ano apenas. Uma puni��o pequena como essa acaba jogando a conduta para o Juizado Especial Criminal, que o considera como um crime de menor potencial ofensivo”, afirma Cipro.



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