
Mercadorias compradas e n�o entregues, produto ou servi�o recebido diferente das especifica��es da venda anunciadas pela empresa e clonagem de cart�o foram os golpes financeiros mais comuns aplicados no com�rcio eletr�nico nos �ltimos 12 meses, segundo pesquisa feita pela Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil). De acordo com o estudo, 46% dos internautas brasileiros foram v�timas de algum tipo de fraude financeira, o que equivale ao universo de 12,1 milh�es de pessoas. Quase um quarto das v�timas perdeu documentos pessoais.
Perda de tempo e burocracia para os consumidores provarem que tiveram raz�o nas reclama��es contra as fraudes foram identificadas pelos entrevistados como as principais dificuldades. Preju�zos gerados equivalem a R$ 1,8 bilh�o.
Na avalia��o do presidente da CNDL, Jos� Cesar da Costa, fundamental � que os clientes tomem cuidados b�sicos para evitar transtornos com as fraudes e desconfiem de facilidades ofertadas. “O com�rcio eletr�nico tem crescido consistentemente no Brasil, em grande medida devido a uma combina��o entre diversidade, pre�os competitivos, comodidade e seguran�a nos mais diversos segmentos de consumo. Entretanto, muitas pessoas n�o tomam os cuidados necess�rios nas transa��es on-line, o que contribui para que sejam enganadas”.
Cesar da Costa enfatiza que s�o comuns, por exemplo, ofertas a valor muito abaixo da m�dia praticada no mercado de consumo daquele produto ou servi�o, o que mostra ind�cio de que pode se tratar de tentativa de golpe”, alerta. Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados da pesquisa afirmou ter sofrido algum preju�zo financeiro com a fraude, sendo o valor m�dio do dano de R$ 478.
Entre os fatos que antecederam a fraude, a pesquisa revelou que os mais comuns foram perda de documentos pessoais (24%); roubo, assalto ou furto (21%); perda de cart�o de d�bito ou cr�dito (18%), e fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou sites (13%). Considerando-se aquelas pessoas que disseram ter fornecido acidentalmente dados pessoais ou c�pias de documentos pessoais para terceiros, 40% cadastraram seus dados em sites falsos de promo��o.
Outros 39% dos entrevistados se inscreveram em suposta vaga de emprego, 22% realizaram compra em site falso sem perceber, 21% receberam contato telef�nico de uma pessoa se passando por funcion�rio de institui��o financeira, 18% receberam notifica��o falsa para quita��o de d�bito e 18% receberam falso e-mail de banco ou empresa pedindo atualiza��o de dados cadastrais ou banc�rios.
Engana��o
Diante da vulnerabilidade a golpes, as fraudes mais sofridas pelos entrevistados foram o n�o recebimento de produto comprado (52%), compra de um produto ou servi�o diferente das informa��es especificadas pelo vendedor (42%), cart�o de cr�dito ou d�bito clonado (25%), contrata��o de servi�os ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da v�tima (14%), transa��es em conta banc�ria sem autoriza��o (13%) e pagamento de servi�o n�o realizado (11%). Entre os servi�os contratados e n�o realizados, 32% contrataram o servi�o de falsa ag�ncia de emprego, 24% de uma empresa de renegocia��o de d�vidas, 22% de organizadores de festas e 22% de limpeza de nome negativado.
Para quem teve produtos ou servi�os adquiridos em seu nome, usado em documentos falsos, perdidos ou roubados, as a��es criminosas mais comuns foram a contrata��o de pacotes de internet (29%), TV por assinatura (29%), linha de telefone celular (25%), empr�stimo (24%) e credi�rio (17%).
As mulheres foram as maiores v�timas de fraudes financeiras, representando 53% dos atingidos e os homens, 47%. A m�dia de idade foi de 37 anos. Eletr�nicos e vestu�rio lideram o ranking de itens n�o recebidos. Marketplace � o principal canal de venda fraudulenta. A pesquisa da CNDL e SPC ouviu 917 pessoas em todas as capitais do pa�s com idade a partir de 18 anos e de todas as classes sociais.
Jogos eletr�nicos ganham IPI menor
O governo federal publicou ontem no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) o Decreto 9.971, que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre consoles e m�quinas de jogos de v�deo, os jogos eletr�nicos. O presidente Jair Bolsonaro j� tinha antecipado, na semana passada, que estava preparando medida para reduzir a carga tribut�ria sobre jogos eletr�nicos.
As al�quotas do IPI sobre consoles e m�quinas de jogos de v�deo ficam reduzidas de 50% para 40%. O decreto trata ainda da redu��o do IPI para partes e acess�rios de consoles e das m�quinas de jogos de v�deo cujas imagens s�o reproduzidas em televis�o. Nesse caso, a al�quota passa de 40% para 32%.
O governo reduziu, ainda, de 20% para 16% o IPI incidente sobre as m�quinas de jogos de v�deo com tela incorporada, port�teis ou n�o, e suas partes. Quando anunciou a inten��o de diminuir o imposto sobre o setor, Bolsonaro disse que a ideia era diminuir a carga tribut�ria.