
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta sexta-feira que o governo mineiro segue trabalhando para aderir ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF) junto � Uni�o. Zema disse que a equipe econ�mica do Estado ser� "conservadora", desenhando um plano de recupera��o que "n�o tenha o perigo de dar errado".
Na semana passada, revelou que o Estado do Rio corre o risco de ser expulso do RRF porque o governo estadual n�o est� cumprindo as obriga��es do plano de socorro do governo federal. A advert�ncia foi feita em resolu��o de 4 de setembro do Conselho de Supervis�o do RRF.
O Estado do Rio tem at� 3 de outubro para apresentar uma solu��o ou o Conselho vai recomendar a sua expuls�o do regime ao Minist�rio da Economia, o que obrigaria o Estado a ter de arcar com uma d�vida de R$ 32,5 bilh�es.
"Estamos sendo extremamente conservadores, fazendo com que nosso plano n�o tenha o perigo de dar errado", afirmou Zema, ao chegar para uma reuni�o na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), no Rio.
Uma das ideias, para evitar problemas na hora de cumprir exig�ncias do RRF, ser� exigir que as privatiza��es sejam feitas dentro do mandato do governante que aderir ao programa. No caso do Rio, as a��es da Cedae, a companhia de saneamento, foram dadas como contragarantia de um empr�stimo de R$ 3 bilh�es - a exig�ncia de privatizar ficou mais para a frente, com o objetivo de quitar o empr�stimo.
Zema citou a empresa de energia Cemig, a companhia de saneamento Copasa, a distribuidora de g�s Gasmig e a companhia de desenvolvimento Codemig - que explora ni�bio em parceria com a CBMM - como estatais que poder�o ser privatizadas, com apoio do BNDES. Lembrou tamb�m que a Cemig j� come�ou com o processo de venda de subsidi�rias, como a Light, distribuidora de energia na regi�o metropolitana do Rio.
De manh�, Zema se reuniu no Rio com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na entrevista ao chegar ao BNDES, o governador disse que deixou claro ao ministro a "necessidade de distribuir recursos para os Estados". A prometida distribui��o de parte dos recursos que ser�o obtidos com a outorga do leil�o do petr�leo excedente das �reas da cess�o onerosa, disse Zema, pode n�o chegar com a urg�ncia que os Estados em situa��o mais dram�tica, como Minas, precisam.