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Estado de Minas TECNOLOGIA

Fintech se reergue com pagamento parcelado com boletos

A Koin mudou seu perfil de neg�cio, passou a atuar no setor do turismo e busca atender consumidores sem acesso aos servi�os banc�rios ou com baixo limite no cart�o de cr�dito


postado em 18/10/2019 06:00 / atualizado em 18/10/2019 07:59

Gabriel Lacombe, CEO da Koin, revela que ainda neste ano deve passar a oferecer a cobrança por boletos também para as lojas físicas de vendas de pacotes(foto: Koin/Divulgação)
Gabriel Lacombe, CEO da Koin, revela que ainda neste ano deve passar a oferecer a cobran�a por boletos tamb�m para as lojas f�sicas de vendas de pacotes (foto: Koin/Divulga��o)
S�o Paulo – Com a prolifera��o de fintechs e o aumento da oferta de meios de pagamento, o uso dos boletos parece estar em contagem regressiva. Na pr�tica, no entanto, o que se v� � um n�mero ainda t�o relevante de brasileiros sem acesso a servi�os banc�rios que o uso desse mecanismo acaba se tornando uma das poucas alternativas. Hoje, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), ainda h� no pa�s cerca de 60 milh�es de adultos “desbancarizados”.

 

Esse p�blico � um dos focos da Koin. Empresa de S�o Paulo criada h� seis anos, seu principal produto era a oferta de servi�os de boleto p�s-pago para e-commerce. Contratada por lojas on-line, a Koin fazia a opera��o de an�lise de cr�dito e emiss�o do boleto para quem n�o queria ou n�o podia pagar com cart�o de cr�dito. Em caso de inadimpl�ncia, era a respons�vel por fazer o acerto de contas com o varejista digital.

 

Em 2017, a empresa percebeu que precisaria buscar um novo direcionamento para o neg�cio, caso quisesse se manter vi�vel financeiramente. Depois de uma pesquisa no mercado americano e europeu, os executivos identificaram que havia uma oportunidade no setor do turismo. Mas seria preciso fazer ajustes. Foi a partir da� que a Koin passou a oferecer o servi�o de pagamento parcelado por boleto.

 

O primeiro cliente a contratar o servi�o da Koin foi o Hotel Urbano, onde a empresa passou a atuar na �rea de recupera��o de tentativas malsucedidas de compras, recusadas por problemas com cart�o. Por meio de an�lise de perfil de cr�dito e do perfil do pacote de viagem, feita com a ajuda de uma modelagem de neg�cio criada pela pr�pria Koin, o Hotel Urbano conseguiu recuperar 50% das transa��es recusadas na primeira tentativa. Esse servi�o atraiu grandes companhias do setor, como Decolar, CVC, Agaxtur e Submarino Viagens, que ofereciam apenas aos clientes reprovados a alternativa do boleto parcelado.

 

Desde maio, Decolar e depois a ViajaNet passaram a oferecer entre as formas de pagamento o boleto para compras parceladas. Atualmente, esse dois clientes representam 80% da receita da Koin, que movimenta por m�s por volta de R$ 30 milh�es em compras.

 

O executivo tamb�m n�o mostra preocupa��o com o crescimento dos bancos digitais no Brasil e poss�veis impactos no n�mero de “desbancarizados”. “Ainda assim, haver� muito espa�o para crescer. Estamos apenas come�ando com o setor do turismo. E se mais pessoas entrarem na economia formal, passaremos a ter uma base de dados ainda mais sofisticada”.

Gabriel Lacombe, CEO da Koin, revela que ainda neste ano deve passar a oferecer a cobrança por boletos também para as lojas físicas de vendas de pacotes(foto: Koin/Divulgação)
Gabriel Lacombe, CEO da Koin, revela que ainda neste ano deve passar a oferecer a cobran�a por boletos tamb�m para as lojas f�sicas de vendas de pacotes (foto: Koin/Divulga��o)

Lacombe conta que o t�quete m�dio do turismo � de R$ 2,5 mil, enquanto que a m�dia do e-commerce fica na faixa de R$ 600. Essa diferen�a j� � um atrativo relevante para o setor. Apesar dessa diferen�a entre os gastos, o executivo faz planos para passar a oferecer o meio de pagamento para outros setores da economia. Essa expans�o, segundo ele, deve acontecer a partir do segundo trimestre do ano que vem, prev�.

 

Muitos clientes usam os boletos para a compra de pacotes de viagem e outros servi�os porque n�o t�m cart�o de cr�dito. Mas h� aqueles que fazem essa op��o porque t�m um limite abaixo do necess�rio no pl�stico (a m�dia nacional � de R$ 1,5 mil) e preferem deix�-lo para os gastos durante as f�rias.

 

Essas caracter�sticas fazem com que hoje a Koin tenha entre as cerca de 10 mil compras por m�s desde valores a partir de R$ 100 at� R$ 90 mil. “N�o � necessariamente o cliente de baixo poder aquisitivo. Temos perfis muito diferentes de compradores”, diz.

 

Al�m de buscar novos parceiros, como companhias a�reas, Gabriel Lacombe, CEO da fintech, conta que ainda neste ano deve passar a oferecer a solu��o tamb�m para as lojas f�sicas de vendas de pacotes. Fora do ambiente on-line, o executivo sabe que ter� de enfrentar a concorr�ncia de bancos que j� atuam junto a esse mercado por meio do boleto parcelado. Mas ele acredita que haver� mercado para todos. 


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