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Estado de Minas FINTECH

Brasil tem primeiro fundo financeiro baseado em maconha

Fundo Vitreo Canabidiol FIA IE come�ou a ser comercializado na �ltima ter�a-feira (29) e a expectativa � que atraia aportes totais de at� R$ 100 milh�es


postado em 30/10/2019 06:00 / atualizado em 30/10/2019 08:06

Cerca de 20 países, como os EUA, já têm regras que permitem o uso de produtos à base da Cannabis(foto: Guillem Sartorio/AFP)
Cerca de 20 pa�ses, como os EUA, j� t�m regras que permitem o uso de produtos � base da Cannabis (foto: Guillem Sartorio/AFP)

S�o Paulo – No Brasil, o uso medicinal de subst�ncias obtidas a partir da cannabis ainda � tema de discuss�o na esfera governamental. Mas uma gestora brasileira, fundada h� apenas um ano, se descolou do moroso debate em Bras�lia e lan�a o primeiro produto financeiro formado exclusivamente por ativos da ind�stria da cannabis.
 
O fundo Vitreo Canabidiol FIA IE come�ou a ser comercializado ontem e a expectativa � que atraia aportes totais de R$ 50 milh�es a R$ 100 milh�es. A modelagem e a comercializa��o est�o sendo feitas pela gestora Vitreo, dos s�cios-fundadores George Wachsmann, Patrick O’Grady, Alexandre Aoude e Paulo Lemann, um dos filhos do bilion�rio Jorge Paulo Lemann.
 
Foram necess�rios seis meses at� que o produto estivesse pronto para ser lan�ado e pudesse passar pelo crivo da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM). Wachsmann, CIO da Vitreo, conta que ficou surpreso com a procura por informa��es logo no primeiro dia de negocia��o. Foram cerca de 100 consultas feitas ao site da fintech.
 
O primeiro fundo brasileiro lastreado em neg�cios da cannabis � formado por a��es de empresas americanas e canadenses que atuam nesse segmento e por ETFs (abrevia��o para Exchange Traded Funds, como s�o chamados os fundos de �ndices comercializados como a��es), na propor��o 50%/50%. No futuro, poder� haver uma varia��o nesses percentuais, explica Wachsmann, com o aumento da participa��o de ETFs para dois ter�os.
 
Para os entusiastas da ind�stria can�bica, a possibilidade de investir nesse setor parece atraente, mas Wachsmann alerta para algumas caracter�sticas do fundo. Se, por um lado, � a oportunidade de investir em ativos fora do Brasil e buscar uma rentabilidade maior em tempos de queda da Selic (taxa b�sica de juros), por outro, as a��es ligadas aos neg�cios da c�nabis t�m enfrentado muitas oscila��es nos �ltimos tempos.
 
“No caso dos ETFs, o sobe e desce tem sido grande, mas o momento de queda pode ser o de maior oportunidade para o investidor, at� porque � um setor com um potencial bom de crescimento”, pondera o CIO da Vitreo. Por ser um ativo de risco, explica o s�cio, a recomenda��o � que ele tenha nesse produto apenas uma pequena parcela de seus ativos.
 
ATIVO DE RISCO

O novo fundo tem investimento m�nimo de R$ 5 mil. Mas esse produto � voltado apenas a investidores qualificados, como s�o chamados aqueles com pelo menos R$ 1 milh�o em aplica��es financeiras. A defini��o desse perfil tamb�m deve espantar os curiosos que esperam ganhar com aportes em empresas ligadas a algum ramo da c�nabis.
 
As empresas que comp�em o fundo t�m neg�cios diversificados no setor – atuam na atividade agr�cola, imobili�ria (por meio de galp�es onde as plantas s�o cultivadas), cosm�ticos, bebidas e farmac�utico.
 
O CIO da Vitreo diz que a fintech j� estava preparada para poss�veis pol�micas, por saber que a c�nabis, e mais especificamente o uso da maconha, "s�o tabus em uma sociedade conservadora. Mas n�o estamos tomando partido nem de um lado, nem de outro. Iniciativas como esse fundo poder�o colaborar para dar mais clareza sobre o assunto. Particularmente, ficarei muito feliz que mais doen�as possam ser tratadas e seus sintomas melhorados.”
 
Investimentos tem�ticos, lembra o s�cio da Vitreo, n�o s�o novidade. Esse movimento j� foi visto, por exemplo, em fundos estruturados a partir do ativo “�gua” e energia renov�vel. Agora, um dos setores mais atraentes, inclusive para empresas e investidores de outras �reas, vem sendo o da c�nabis.
 
Em boa parte, isso tem ocorrido por causa do aumento do n�mero de pa�ses que tem aderido � libera��o do uso medicinal da maconha, tema que, no Brasil, est� na esfera da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria, a Anvisa.

Hoje, segundo Wachsmann, cerca de 20 pa�ses, que respondem por quase 20% da popula��o mundial, j� t�m regras que permitem o uso de produtos � base da c�nabis.

O fundo da Vitreo tem taxa de administra��o de 1,5%, mais taxa de performance de 20% quando exceder o �ndice S&P. Atualmente, a gestora administra cerca de R$ 2,5 bilh�es.


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