O Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) acatou o recurso encaminhado pela TIM em outubro em que ela questiona a compra da Nextel pela Claro e pede a aplica��o de "rem�dios" para neutralizar uma poss�vel concentra��o excessiva de mercado.
Na vis�o da TIM, a jun��o das empresas vai criar desequil�brio no mercado brasileiro de telecomunica��es porque permitir� ao grupo Claro que acumule uma quantidade muito grande de espectros. Como rem�dio, a TIM pede ao Cade que estabele�a � Claro a obriga��o de compartilhar parte do espectro entre as concorrentes, a pre�o de custo.
O espectro funciona como uma "rodovia" por onde trafegam os sinais de internet m�vel, sendo, portanto, um ativo essencial para as operadoras. Quanto mais espectro, maior a capacidade de abrang�ncia e qualidade dos sinais. No caso da Nextel, o espectro era o ativo mais valioso da empresa, uma vez que ela s� detinha 1,5% dos clientes de rede m�vel no Pa�s.
O despacho do Cade foi proferido na quinta-feira, 31, pelo conselheiro S�rgio Costa Ravagnani.
Ao acatar o recurso da TIM, o conselheiro considerou que alguns efeitos sobre o mercado decorrentes da transa��o entre Nextel e Claro "merecem aprofundamento". N�o se trata, portanto, de uma aplica��o imediata dos "rem�dios" pleiteados pela TIM.
Entre os pontos que ser�o aprofundados nessa nova an�lise est�o: o quadro atual de distribui��o de espectros entre as operadoras; alternativas t�cnicas para otimiza��o do uso de espectros; e previs�es sobre de leil�o de frequ�ncias de 4G e 5G que ser�o realizado no ano que vem, com potencial de haver ainda mais concentra��o.
O despacho do conselheiro S�rgio Costa Ravagnani deu um prazo de cinco dias �teis para Claro e Nextel se manifestem sobre o tema.
At� o fechamento do texto, a reportagem n�o havia obtido o posicionamento das empresas citadas.