Odebrecht adia assembleia de credores para aprovar plano de recupera��o judicial

Um impasse, desta vez envolvendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), dever� adiar novamente, por mais 30 dias, a assembleia de credores para aprova��o do plano de recupera��o judicial do grupo Odebrecht. O conglomerado baiano pediu prote��o � Justi�a em junho do ano passado, com d�vidas declaradas de R$ 98,5 bilh�es.

O jornal O Estado de S�o Paulo apurou que o BNDES exige que o grupo abra m�o do controle da Atvos, empresa de a��car e etanol, para aprovar o plano. O BNDES � o maior credor entre os bancos p�blicos, com R$ 8,7 bilh�es. O banco de fomento tamb�m tem cr�ditos na Atvos, que tem d�vidas totais de R$ 11 bilh�es n�o inclu�das na recupera��o do grupo.

A Atvos, que tem nove usinas de a��car e �lcool e � a segunda maior produtora de cana do Pa�s, est� em busca de um investidor, mas n�o tem atra�do interessados. Essa divis�o pediu recupera��o judicial em maio, um m�s antes da holding.

Uma fonte a par do assunto afirmou que a entrada de um investidor para o neg�cio de a��car e �lcool est� nas mesas de discuss�es entre Odebrecht e credores. O entendimento, por�m, seria o de que esta quest�o j� estava superada e n�o seria empecilho para a aprova��o do plano de reestrutura��o.

Nas �ltimas semanas, os consultores financeiros do conglomerado baiano - Ricardo Knoepfelmacher, ou Ricardo K., da RK Partners, e Eduardo Munhoz, da E. Munhoz Advogados - intensificaram conversas com os bancos, mas n�o haveria consenso para fechar a quest�o at� a semana que vem.

Outro ponto sens�vel nas negocia��es � a Caixa Econ�mica Federal, que n�o tem d�vidas garantidas com a��es da Braskem e estava dificultando as conversas.

Lava Jato
 

 

Uma das empreiteiras envolvidas na Lava Jato, que investigou grande esquema de corrup��o na Petrobr�s, a Odebrecht vem sofrendo um rev�s atr�s do outro. Nos �ltimos quatro anos, os contratos minguaram, e a d�vida ficou grande demais para o novo - e reduzido - porte do grupo baiano.

Uma das alternativas do grupo seria a venda da petroqu�mica Braskem para � rival Lyondelbasell. A companhia holandesa, contudo, desistiu do neg�cio diante da inseguran�a jur�dica por conta dos processos ambientais que a Braskem enfrenta em Alagoas.

Considerada a joia da coroa do grupo, a petroqu�mica Braskem, que tem a Petrobr�s como acionista, anunciou, no in�cio de janeiro, um acordo de R$ 2,7 bilh�es para remover de local e compensar 17 mil moradores afetados pela atividade de minera��o em bairros de Macei�, em Alagoas.

O acordo foi assinado com a Defensoria P�blica do Estado de Alagoas, o Minist�rio P�blico Federal (MPF), o Minist�rio P�blico do Estado de Alagoas (MPE) e a Defensoria P�blica da Uni�o (DPU).

Fontes a par do assunto afirmaram que a retomada do processo de venda da Braskem dever� ocorrer ap�s o processo de recupera��o judicial da Odebrecht avan�ar.

Em nota, o grupo Odebrecht informou que "segue trabalhando diariamente (...) com seus credores para a conclus�o do plano de recupera��o judicial. As negocia��es tratam, no momento, do detalhamento desse plano. Eventual adiamento de assembleia-geral de credores decorrer� da necessidade natural de prazo maior para avan�o das negocia��es e para a conclus�o dos termos a serem votados."

Procurado, o BNDES n�o quis comentar o assunto.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.