
A maioria dessas empresas est� localizada nas regi�es Centro-Sul, Venda Nova, Barreiro e Oeste. A entidade tamb�m fez uma pesquisa com 250 empres�rios de Belo Horizonte, entre 30 e 31 de janeiro. A conclus�o foi que pouco mais da metade dos entrevistados (51%) contabilizou alguma perda financeira por causa das chuvas.
Segundo a pesquisa, o preju�zo m�dio por comerciante foi de R$ 16.405,30. Desse grupo, 70% s�o propriet�rios de microempresas; 16,7% s�o donos de empresas de pequeno porte e 12,9% de m�dio ou grande porte. Ainda segundo o levantamento, o dia que foi mais prejudicial para o com�rcio da capital foi 28 de janeiro, quando foram registrados 100mm de chuva em apenas tr�s horas, mais do que a metade do esperado para o m�s.
A redu��o do fluxo de clientes foi o preju�zo mais citado pelos lojistas: 80,8% afirmaram ter sofrido com esse fator. J� danos aos estoques foram apontados por 27,2% e a m�veis por 20,8%. Por fim, 17,6% dos comerciantes disseram ter sofrido preju�zos com maquin�rio e 13,6% contabilizaram danos a estrutura dos im�veis
Benef�cio fiscal
Ainda de acordo com o levantamento da CDL/BH, 29,8% dos lojistas entrevistados afirmam que pretendem pedir benef�cios � prefeitura e ao governo do estado para ajudar a minimizar os preju�zos. Desse montante, mais da metade (54,2%) solicitaram descontos no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), 25% buscam empr�stimos com taxas menores e 20,8% querem que o recolhimento do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) seja postergado. Por�m, a maior parte (39,5%) dos empres�rios n�o sabe se vai pedir algum benef�cio. J� ss que n�o pretendem fazer nenhuma solicita��o totalizaram 30,6%.
Os resultados do levantamento foram apresentados hoje ao governador de Minas, Romeu Zema (Novo), em reuni�o com empres�rios do setor de com�rcio e servi�os de Belo Horizonte. No encontro, Zema afirmou que o governo do estado est� analisando a possibilidade de postergar o recolhimento do ICMS. O benef�cio foi solicitado pelos empres�rios para ajudar na recupera��o dos preju�zos causados pelos temporais.
Al�m disso, o governador disse que linhas de cr�dito diferenciado para as empresas atingidas est�o sendo estudadas pelo Bando do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), bem como a isen��o nas contas de �gua pela Copasa. Quanto a prorroga��o do prazo para reinser��o no Simples Nacional, Zema afirmou que o governo do estado j� entrou em contato com o governo federal, respons�vel pelo regime tribut�rio, para efetivar o benef�cio.
“Deixei claro pra eles que a prioridade do governo foi a ajuda humanit�ria. Agora nesta segunda fase n�s j� estamos fazendo um levantamento das perdas materiais. A primeira etapa est� relativamente encaminhada e n�s sabemos que muitos comerciantes, propriet�rios de bares e padarias, foram duramente afetados pelas �guas”, afirmou Zema.
Questionado sobre a expans�o dos benef�cios para os comerciantes do interior, Zema disse que “v�o entrar na mesma situa��o, n�o � s� para BH”. O governador ainda agradeceu os esfor�os de recolhimento e doa��o de mantimentos da CDL/BH e de outras entidades empresariais.
Apoio �s empresas
Ao fim da reuni�o, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza, afirmou que o apoio aos atingidos pelos deslizamentos e alagamentos foi priorit�rio, mas defendeu o apoio �s empresas. “T�o importante quanto s�o as empresas que sofreram, principalmente as microempresas. Em Minas Gerais 70% dos empregos s�o gerados pelo setor de com�rcio e servi�os. � muito importante que a gente entenda o que aconteceu com cada uma dessas empresas. Para que essas empresas, que s�o importantes geradoras de servi�os, empregos, de renda e de impostos possam voltar com suas atividades”, afirmou.
De acordo com Souza, a ideia � criar um modelo de articula��o com o poder p�blico e institui��es financeiras que possa ser replicado em outras regi�es do estado afetadas pelas chuvas. “Todas as empresas, n�o s� de BH, mas do interior tamb�m, que precisarem, que procurarem, v�o ser apoiadas para buscar essas linhas de cr�dito e os benef�cios do governo do estado e as prefeituras v�o dar. O nosso trabalho � entender, facilitar, � fazer com que o acesso a esses benef�cios a essas pessoas chegue efetivamente”, declarou.
Ainda segundo Souza, os comerciantes de cidades que declararam situa��o de calamidade j� ter�o linhas de cr�dito diferenciado garantidas. Por�m, o empres�rio que pretende solicitar a isen��o ou o ressarcimento do IPTU precisa preencher um formul�rio e comprovar danos a Defesa Civil. Quanto a isen��o das contas de luz e �gua, o presidente da CDL/BH afirmou que Copasa e Cemig ainda avaliam como esse benef�cio ser� oferecido.
Al�m de Marcelo de Souza, o presidente da Federa��o das C�maras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FDCL/MG), Frank Sinatra Chaves, esteve na reuni�o. Entre os representantes de segmentos do com�rcio, participaram o presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel/MG), Ricardo Rodrigues; o presidente da Associa��o Mineira da Ind�stria da Panifica��o (Amip�o), Vin�cius Dantas, e o presidente da Associa��o Mineira de Supermercados (Amis), Alexandre Poni.
Tamb�m estiveram presentes o coordenador estadual da Defesa Civil, Coronel Rodrigo Sousa, e o vereador de Belo Horizonte Mateus Sim�es (Novo). Segundo o presidente da CDL/BH, a entidade convidou o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e a presidente da C�mara de BH, vereadora Nely Aquino (PRTB). Por�m, n�o receberam retorno.