
Gandra explicou que foi estabelecido que metade dos dias parados ser�o descontados e a outra metade, compensados. Um dos motivos da greve, a tabela de turnos, foi resolvida segundo o ministro. Os trabalhadores conseguiram que as escalas sejam estabelecidas de acordo com a conveni�ncia deles.
“A Petrobras voltou atr�s em rela��o � tabela”, disse, acrescentando que a estatal ter� 25 dias para reorganizar os turnos, que passar�o pelo crivo dos petroleiros. A revis�o do interst�cio (intervalo entre jornadas de trabalho), que tamb�m foi mudado pela empresa sem consulta, ser� discutida posteriormente.
Segundo a Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), cuja diretoria participou da media��o, i21 mil funcion�rios de 121 unidades da estatal em 13 estados aderiram � greve. O estopim para a paralisa��o foi o fechamento da F�brica de Fertilizantes Nitrogenados do Paran� (Fafen-PR), tamb�m chamada de Arauc�ria Nitrogenados SA (Ansa), com a demiss�o 1 mil funcion�rios, 396 empregados da Petrobras e 600 terceirizados.
Os sindicalistas conquistaram as mudan�as nas tabelas de turno, o cancelamento das advert�ncias aos grevistas e o desconto de apenas metade dos dias parados em dinheiro. As multas tamb�m foram reduzidas. E o TST vai continuar mediando as demiss�es na Fafen-PR, que est�o suspensas at� 6 de mar�o, ap�s decis�o do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Regi�o.
Todas as advert�ncias dadas pela Petrobr�s aos trabalhadores que aderiram � greve ser�o canceladas. Ainda ser�o mantidas as f�rias, que haviam sido adiadas pela empresa por conta do movimento. E o desconto dos dias parados, que foi feito integralmente pela empresa, foi dividido em metade em dinheiro, metade em compensa��o com horas extras, a ser feita em um prazo de 180 dias.
Em rela��o �s multas aplicadas pelo TST, ao bloqueio de contas banc�rias e � reten��o dos repasses da Petrobras aos sindicatos e � FUP, o acordo fechado com a companhia manteve apenas a reten��o de cerca de R$ 2,5 milh�es. Os valores autorizados nos despachos do TST sobre a greve chegavam a R$ 58 milh�es. As contas banc�rias ser�o desbloqueadas e os recursos j� retidos ser�o liberados.
O diretor da FUP, Deyvid Bacelar, comemorou o resultado da audi�ncia. Al�m de confirmar a disposi��o da categoria de dialogar e negociar suas reivindica��es com a Petrobras, o encontro mostrou a for�a da categoria, segundo ele.
“Nossa greve foi vitoriosa. Sempre nos dispusemos a negociar, mas, infelizmente, a Petrobras n�o teve a mesma atitude. Garantimos que nossa greve n�o iria prejudicar o abastecimento � popula��o e cumprimos o que prometemos. O que nosso movimento mostrou � que queremos sempre o di�logo e a negocia��o, mas que se houver descumprimentos aos acordos coletivos, podemos nos mobilizar novamente”, afirmou.