
O n�vel atingido da capacidade de armazenamento da represa de Tr�s Marias tamb�m � o quarto melhor j� registrado durante os meses de fevereiro na s�rie hist�rica de acompanhamento dos dados hidrol�gicos dos reservat�rios das principais hidrel�tricas do pa�s. Somente em 2009, com n�vel de 93,4%; 2007, 89,7%; e 2012 (89,2%) os n�meros desse que � um dos principais reservat�rios da Bacia Hidrogr�fica do Rio S�o Francisco foram superiores ao patamar atual.

O ONS, por sua vez, havia informado nos �ltimos dias que a previs�o de chuvas se mant�m nas bacias do S�o Francisco, Parana�ba e Grande, assim como na regi�o Norte do pa�s. Em recente reuni�o, os t�cnicos destacaram que a bacia do S�o Francisco teve chuva acumulada acima da m�dia, em 102%.
Por meio de nota enviada ao Estado de Minas, a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) creditou �s chuvas o bom momento da usina de Tr�s Marias. “Duas causas fazem o armazenamento de um reservat�rio de �gua subir: chuvas e aumento das aflu�ncias (�gua que chega) nas regi�es a montante (acima) do reservat�rio. � o caso de Tr�s Marias, que teve um grande volume de chuvas nas cabeceiras do Rio S�o Francisco”, informou.
O ONS compara o in�cio do ano ao n�mero atual. Segundo o operador do sistema el�trico, “o aumento das chuvas na bacia do Rio S�o Francisco fez com que o volume do reservat�rio da usina de Tr�s Marias subisse consideravelmente desde in�cio do ano”. No dia 1º de janeiro, o n�vel do reservat�rio era de 57,2%, tendo chegado a 72,6% no �ltimo dia 3. A m�dia de volume �til ocupado da represa nos meses de fevereiro vinha ao n�vel de 59,2%.
Tarifas
A recupera��o dos n�veis dos reservat�rios traz a expectativa do consumidor de n�o pagar acr�scimos na conta de energia, previstos no acionamento das chamadas bandeiras tarif�rias. No entanto, a Cemig descarta. As bandeiras amarela e vermelha indicam as condi��es hidrol�gicas para a produ��o de energia el�trica. Quanto mais usinas t�rmicas, cuja produ��o � mais cara, s�o acionadas para atender a demanda da popula��o, mais cara ser� a produ��o de energia.
Segundo a Cemig, “a Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) leva em considera��o todos os subsistemas para definir a bandeira que vai vigorar no pa�s”. O diretor-geral da CMU Comercializadora de Energia, Walter Fr�es, afirma que o volume elevado em reservat�rios de diversas usinas pode � “atrasar” a aplica��o de bandeiras tarif�rias.
“A regula��o � complexa, e vari�veis interferem. Tr�s Marias � somente uma das usinas, e isso depende do todo. Se todas estiverem cheias, lotadas, o que n�o � verdade no momento, voc� tem quatro meses de consumo integral. Em termos de tarifa, � impacto quase zero. O que pode acontecer � postergar a aplica��o dessas bandeiras, a determina��o dessas cobran�as. N�o tem algo relacionado diretamente na tarifa”, disse ao Estado de Minas.
Fr�es explica, ainda, que Tr�s Marias n�o � uma das usinas mais determinantes na quest�o energ�tica. “Hoje, Tr�s Marias tem import�ncia energ�tica muito pequena. Ela � mais importante como regula��o h�drica de Sobradinho, na Bahia. Sobradinho representa 80% da energia do Nordeste. Lembrando que Tr�s Marias tamb�m consta no subsistema Nordeste”.
Apesar do alto volume em Tr�s Marias, o n�vel m�dio do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, composto tamb�m pela usina da Regi�o Central mineira, � de 38,67% neste m�s. Em Minas Gerais, o menor volume � detectado na Usina Hidrel�trica de Emborca��o, com 24,69%, sobre o Rio Parana�ba, na cidade de Araguari, no Tri�ngulo Mineiro.