
Ele atribuiu esse salto � queda de arrecada��o e aos gastos extraordin�rios para garantir recursos � sa�de e para ajudar na renda da popula��o.
Ele destacou que, h� duas semanas, a equipe econ�mica trabalhava com uma perda de arrecada��o da ordem de R$ 30 bilh�es devido aos efeitos do coronav�rus. Mas com a piora vista nos �ltimos dias, ele afirmou que a "perda de arrecada��o ser� grande" e que esse n�mero pode "facilmente ser o dobro", da ordem de R$ 60 bilh�es.
Mansueto destacou, por�m, a import�ncia de restringir os gastos extras a esse ano. "Temos que encarar de forma adulta que o resultado fiscal ser� pior. Mas temos que cuidar para que medidas sejam emergenciais e fiquem restritas a esse ano, que tenham car�ter realmente emergencial", afirmou na entrevista.
Garantiu, no entanto, que haver� recursos para todos os munic�pios e Estados. "Devemos garantir que qualquer munic�pio ou Estado ter� recurso, independentemente da sua situa��o fiscal. Podemos fazer transfer�ncia fundo a fundo. Foi colocado dinheiro novo, de realoca��o de or�amento de R$ 5 bilh�es, para a Sa�de. O que for necess�rio estar� dispon�vel, via Minist�rio da Sa�de, para Estados e munic�pios. Se for preciso ainda mais, o governo federal conversar� e, por meio do Congresso, adotar� as medidas que forem necess�rias", continuou, em rela��o �s contas dos Estados.
Situa��o 'surreal'
Mansueto afirmou ver a situa��o "surreal" de alguns secret�rios preocupados em n�o cumprir o investimento m�nimo constitucional com educa��o. "Mas a preocupa��o deve ser com recursos para ofertar sa�de, e n�o se vai cumprir m�nimo constitucional de determinadas despesas", disse. "O ajuste estrutural fiscal d� mais liberdade para alguns recursos, mas no curto prazo o objetivo � garantir recursos para ningu�m passar por necessidade ou falta de acesso � sa�de", afirmou, acrescentando que o acompanhamento ser� di�rio, "de uma situa��o de guerra", com rea��o r�pida.
O secret�rio do Tesouro disse que o Legislativo tem deixado claro que vai apoiar o governo no combate aos efeitos dessa crise. "Passado esse per�odo, temos que retomar as reformas estruturais que o Pa�s precisa", pediu. "Mas no curt�ssimo prazo temos que dar resposta para que ningu�m se sinta inseguro nesse ambiente."