
Fabricantes de ve�culos j� anunciam que v�o fechar as f�bricas no fim do m�s e n�o sabem exatamente quando v�o retomar as atividades, pois isso vai depender da situa��o do Pa�s em rela��o � epidemia do novo coronav�rus e da demanda do mercado. As tr�s montadoras que j� confirmaram f�rias coletivas empregam, juntas, quase 50 mil funcion�rios.
A filial da GM na Argentina tamb�m ser� fechada. Junto com as unidades do Brasil, onde as f�rias coletivas come�ar�o no dia 30, elas empregam cerca de 19 mil trabalhadores. A empresa alega que a paralisa��o vai ocorrer por causa da demanda do mercado, mas o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Caetano do Sul, onde est� a f�brica mais antiga do grupo, diz que o principal motivo � o coronav�rus.
A Mercedes-Benz tamb�m vai suspender as opera��es das f�bricas de S�o Paulo e Minas Gerais e do centro de distribui��o e log�stica em Campinas (SP). A parada est� inicialmente prevista entre os dias 25 de mar�o e 20 de abril e envolve cerca de 10 mil pessoas.
A empresa alega necessidade de preven��o ao coronav�rus e diz que o retorno ao trabalho vai depender da situa��o do Pa�s. Na segunda-feira, a Volkswagen tamb�m anunciou inten��o de paralisar as opera��es de suas quatro f�bricas em S�o Paulo e no Paran�, a partir do dia 31, mas inicialmente por apenas dez dias. A marca alem� emprega cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Demiss�es
Nos pr�ximos dias, outras montadoras devem anunciar paradas. J� o Grupo Caoa Chery encerrou a produ��o de motores e demitiu ontem 59 empregados da unidade de Jacare� (SP), n�mero que equivale a 10% da m�o de obra local.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Jos� dos Campos, Guir� Borba, a empresa alega redu��o da produ��o, de 65 carros ao dia para 40. "Em um momento como esse, de prolifera��o do coronav�rus, n�o h� justificativa. A empresa tem de proteger os trabalhadores que, sem emprego, perdem o conv�nio m�dico", critica o sindicalista. A empresa n�o comentou assunto.
Incentivo
O investimento de R$ 10 bilh�es que a GM congelou foi resultado de uma longa negocia��o feita no ano passado com funcion�rios, concession�rios, fornecedores e revendedores ap�s o presidente da empresa na Am�rica do Sul, Carlos Zarlenga, afirmar que o grupo poderia fechar f�bricas se n�o conseguisse reduzir custos e voltar � lucratividade.
O epis�dio levou o governo de S�o Paulo a criar um programa que reduz impostos justamente para empresas que realizarem investimentos no Estado.
Segundo a GM, o investimento seria destinado principalmente a novos produtos e moderniza��o das f�bricas e ser� reavaliado, mas sem prazo definido.
O an�ncio ocorreu no mesmo dia em que a empresa lan�ou oficialmente o Trucker, primeiro SUV da marca produzido no Pa�s e que j� est� � venda por pre�os que v�o de R$ 82 mil a R$ 112 mil. Na apresenta��o do modelo, feita via streaming para evitar aglomera��o de convidados (imprensa, concession�rios e trabalhadores), Zarlenga disse querer levar o modelo ao topo de vendas do segmento de SUVs de pequeno porte.
Embora a empresa justifique as f�rias como sendo adapta��o � demanda do mercado, o presidente do Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Caetano, Aparecido In�cio da Silva, acredita que a paralisa��o das f�bricas tem a ver com o caos provocado pela dissemina��o do coronav�rus em todo o Pa�s.
Segundo ele, os funcion�rios da f�brica do ABC paulista, por exemplo, ter�o de fazer horas extras nos pr�ximos dois s�bados para produzir o Tracker. Silva informa ainda que, para os trabalhadores, a informa��o dada pela empresa � de que a parada deve ocorrer at� 12 de abril, "mas a medida pode ser revogada ou prorrogada" de acordo com a situa��o.