
Para o economista da CNC Fabio Bentes, o preju�zo total no Brasil depender� da curva de contamina��o, cujo pico de notifica��es dever� se dar na segunda quinzena de abril. O estudo da CNC cruzou informa��es do �ndice de Atividade do Turismo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) com dados relativos ao fluxo de passageiros em voos dom�sticos e internacionais, levando em conta elasticidade entre a demanda por voos nos pa�ses mais infectados pela doen�a e o n�mero de casos registrados.
Restri��es
“As restri��es impostas pelo protocolo de a��o em n�vel global para frear o ritmo de expans�o do v�rus e o fechamento das fronteiras a estrangeiros em diversos pa�ses atingiram em cheio o deslocamento de passageiros no Brasil e no mundo. A despeito de medidas econ�micas emergenciais adotadas mundo afora para mitigar os efeitos da pandemia, tanto no Brasil quanto no exterior o fluxo de passageiros tende a impor severas perdas ao turismo”, conclui o estudo.
“No Brasil n�o h� raz�o para se esperar comportamento diferente por parte dos passageiros. Pelas dimens�es do territ�rio brasileiro e complexa log�stica rodovi�ria, o fluxo de passageiros nacionais e estrangeiros no transporte a�reo guarda forte correla��o (81%) com a gera��o real de receitas no segmento tur�stico nacional”, destacou.
Nas regi�es mais afetadas pela dissemina��o de novos casos, a queda no n�vel de atividade do transporte a�reo foi significativa. Para cada aumento di�rio de 10% no n�mero de novos casos, houve uma retra��o de 3,5% no fluxo de passageiros em rela��o ao dia anterior. “O setor de Turismo vinha liderando o processo de recupera��o econ�mica desde o in�cio da recess�o no in�cio de 2015. N�o fosse a pandemia, seguramente, voltar�amos ao n�vel pr�-recess�o at� o final do ano, cen�rio agora descartado”, observou Bentes.
Carta aberta
Diante das not�cias sobre o cen�rio econ�mico brasileiro, referentes ao novo coronav�rus, o trade tur�stico brasileiro se uniu para envio de uma carta aberta emergencial ao governo. A Resorts Brasil, aliada a institui��es ligadas ao setor, pede socorro para que as atividades n�o sejam paralisadas, com impacto nos 1,35 milh�o de empregos diretos e indiretos gerados na cadeia. “Hoje, o turismo movimenta 152 setores da economia”, justificou.
Segue a �ntegra da carta e abaixo as entidades signat�rias:
“CARTA ABERTA AO GOVERNO FEDERAL
Os setores de hot�is, parques e entretenimento est�o em ESTADO DE EMERG�NCIA. A pandemia do Coronav�rus trouxe o risco real de fechamento de v�rias empresas. As associa��es hoteleiras e de parques do Brasil, Resorts Brasil, ABIH, FOHB, FBHA, BLTA, Sindepat, Adibra e Unedestinos, respons�veis por mais de um milh�o de empregos diretos e indiretos n�o v�o suportar o impacto financeiro caso n�o haja uma interven��o do governo federal para garantir a continuidade das empresas e a manuten��o dos empregos de seus colaboradores.
A Medida Provis�ria anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, n�o representa uma solu��o para o setor mais duramente afetado por esta crise. Os �ndices de cancelamento de eventos, de hospedagens corporativas e de lazer, que est�o na ordem de 75% a 100%, al�m de acentuada queda na visita��o dos parques, colocam em xeque a sobreviv�ncia destes empreendimentos no pa�s.
A situa��o � ca�tica e, em um espa�o curt�ssimo de tempo, o setor de turismo estar� irremediavelmente comprometido, sob pena de suprimir da economia R$ 31,3 bilh�es e quatrocentos mil postos de trabalho. Ressaltamos que n�o se trata de preju�zo pontual e imediato, mas sim da desarticula��o e fal�ncia da cadeia tur�stica nacional que poder� causar consequ�ncias permanentes para a economia do pa�s.”
Resorts Brasil (Associa��o Brasileira de Resorts)
Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is (ABIH)
F�rum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)
Federa��o Brasileira de Hospedagem e Alimenta��o (FBHA)
Brazilian Luxury Travel Association (BLTA)
Sistema Integrado de Parques e Atra��es Tur�sticas (SINDEPAT)
Associa��o das Empresas de Parques de Divers�es do Brasil (ADIBRA)
Uni�o Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (UNEDESTINOS)