
"Com as fam�lias mais tempo em casa, houve aumento da busca por alimentos nos mercados", explica a FGV em nota.
Itens b�sicos que estavam com pre�o em queda na primeira aferi��o de mar�o, passaram a subir no levantamento mais recente.
O feij�o carioca passou de uma queda de 2,16% para alta 0,58% na compara��o, e o feij�o preto, que havia ca�do 2,61% no in�cio do m�s, agora registra alta de 2,24%. O arroz, j� em alta na media��o anterior, de 1,17%, subiu para 1,74%, e os ovos tiveram o pre�o elevado de alta de 5,04% para 9,04%.
A carne bovina registrava em 2 de mar�o queda de 2,31% e, ap�s o in�cio da quarentena, est� custando 0,25% a mais. J� o frango inteiro teve redu��o de pre�o, de queda de 1,47% para uma queda de 2,20% na mesma compara��o.
De acordo com o economista Andr� Braz, coordenador do �ndice de Pre�o ao Consumidor (IPC) do Ibre-FGV, al�m do aumento da demanda por alimentos, a estocagem tamb�m afetou os pre�os. "Dois pontos principais explicam o avan�o dos pre�os. Al�m do aumento da demanda por alimentos, pois todas as refei��es est�o sendo feitas em resid�ncia, houve aumento da estocagem de alimentos por receio de que o v�rus se propague mais e expanda o per�odo de confinamento social", explicou.
De acordo com Braz, os servi�os 'delivery' em opera��o servem como alternativa para as fam�lias, mas o n�vel de pre�os da alimenta��o preparada fora de casa � maior do que o da refei��o preparada em resid�ncia. "Como o or�amento de v�rias fam�lias foi afetado pela paralisa��o do com�rcio e dos servi�os, muitas delas n�o disp�em de renda para arcar com os custos da alimenta��o fora de casa", avaliou.
Ele lembrou ainda que a alta obedece o princ�pio da oferta e demanda, e que muitas fam�lias com mais recursos acabam comprando antecipadamente os produtos que passam a faltar para as fam�lias de mais baixa renda.