(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Guedes diz que dinheiro est� 'empo�ado' nos bancos e sinaliza mais medidas

Ideia do Ministro da Economia � facilitar acesso de empresas e fam�lias aos recursos


postado em 05/04/2020 08:00 / atualizado em 05/04/2020 09:23

Combate ao coronavírus: Paulo Guedes quer desburocratizar a liberação de recursos extras.(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Combate ao coronav�rus: Paulo Guedes quer desburocratizar a libera��o de recursos extras. (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)
Ap�s o Banco Central ter anunciado a libera��o de R$ 1,2 trilh�o para as institui��es financeiras nas �ltimas semanas, numa estrat�gia para manter a liquidez no mercado durante a pandemia do novo coronav�rus, o governo demonstra preocupa��o com a reten��o dos recursos nos bancos. Em videoconfer�ncia na tarde do s�bado, 4, com representantes do setor de varejo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que os recursos est�o "empo�ados no sistema financeiro".

Para contornar o problema, conforme Guedes, o governo est� trabalhando para que o dinheiro chegue diretamente a quem precisa: fam�lias e empresas. "Come�amos agora a dar dinheiro na veia, direto para as empresas", afirmou o ministro.

Na �ltima sexta-feira, o governo anunciou a assinatura de Medida Provis�ria (MP) que permite a libera��o de R$ 40 bilh�es, no per�odo de dois meses, a empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milh�es. Este cr�dito, com taxa de 3,75% ao ano, servir� para o financiamento da folha de pagamentos das empresas.

Como 85% dos recursos (R$ 34 bilh�es) ser�o bancados pelo Tesouro Nacional, o risco da opera��o, para as institui��es financeiras, caiu. O mecanismo favorece que o dinheiro chegue, de fato, �s empresas. Os demais 15% (R$ 6 bilh�es) ser�o provenientes dos bancos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) ser� o respons�vel por repassar os recursos �s institui��es financeiras, que far�o a libera��o da linha aos clientes.

Esta deve ser, no entanto, apenas a primeira maneira do governo para fazer com que dinheiro de cr�dito irrigue a ponta final. Tanto Guedes quanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem sinalizado a inten��o de adotar mais medidas neste sentido.

Desde o fim de fevereiro, o BC j� anunciou a libera��o de R$ 135 bilh�es em compuls�rios. O compuls�rio corresponde a um recolhimento, feito pela autarquia, de parte dos recursos dos clientes depositados nos bancos. Com ele, o BC controla a quantidade de dinheiro em circula��o na economia e forma "colch�es de liquidez" para momentos de necessidade de recursos pelos bancos. Nas �ltimas semanas, em meio � crise, o BC liberou os compuls�rios para manter a liquidez dos bancos.

Bancos est�o temerosos

Na noite do s�bado, em uma videoconfer�ncia promovida pela XP Investimentos, Campos Neto reconheceu que os bancos no Brasil est�o "com medo" de conceder cr�dito, em fun��o dos impactos da pandemia do novo coronav�rus sobre a economia brasileira.

Ao mesmo tempo, Campos Neto afirmou que o BC far� uma fiscaliza��o "grande" sobre os recursos que est�o sendo liberados �s institui��es financeiras. "Estatisticamente, temos que dar resposta sobre quanto entrou em cada setor (da economia)", afirmou. "Queremos construir uma estat�stica que seja transparente sobre o que estamos fazendo."

Durante sua participa��o no evento virtual, Campos Neto tamb�m afirmou que est� em fase de elabora��o no BC uma nova libera��o de compuls�rios aos bancos, para irrigar o sistema.

Esta libera��o, no entanto, pode seguir regras diferentes. Durante a tarde, Guedes afirmou, na conversa com os varejistas, que a redu��o de compuls�rios a partir de agora "ter� que ser focada no emprego e no capital de giro". "Os projetos ser�o mais localizados. Se liberar s� compuls�rio, o dinheiro empo�a mesmo", comentou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)