
A TV Record pediu um adiamento de 90 dias no pagamento de suas d�vidas trabalhistas, em a��o protocolada na Justi�a do Trabalho, em S�o Paulo. A companhia afirma que a morat�ria de tr�s meses nos pagamentos foi solicitada em virtude do surto de coronav�rus, que prejudicou suas receitas. A informa��o foi controlada pela diretoria de comunica��o da emissora ao Estad�o.
De propriedade de Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, a companhia vem perdendo audi�ncia nos �ltimos anos, atualmente alternando-se em segundo e terceiro lugares na audi�ncia com o SBT. A companhia, h� cerca de uma d�cada, tinha a inten��o de rivalizar com a l�der TV Globo, mas as ambi��es n�o se materializaram.
A informa��o sobre o pedido de morat�ria foi primeiro anunciada na coluna de Ricardo Feltrin, no UOL.
Crise em Minas
A perda de anunciantes em emissoras de TV durante a pandemia de coronav�rus tem preocupado o setor. Com grande parte do com�rcio paralisado em todo pa�s, empresas ficaram menos propensas a investir em publicidade. Em Minas, o cen�rio n�o foi diferente. De acordo com o vice-presidente da Associa��o Mineira de R�dio e TV (Amirt), Mayrinck Junior, a televis�o foi a m�dia que mais sofreu com as mudan�as no setor da comunica��o.

O vice-presidente contou que emissoras de TV em todo estado tem trabalhado com redu��o de pessoal, apenas com jornalistas e equipes t�cnicas. Apesar de previs�es para os pr�ximos meses n�o serem animadoras, ele acredita que ainda � cedo para o setor pensar em demiss�es.
“Inicialmente h� tentativa de manter equipe utilizando ferramentas de suspens�o do trabalho ou diminui��o da carga hor�ria”, disse. “A recupera��o do mercado ser� muito dolorosa. Para voltar o que era vai levar de 12 a 18 meses e infelizmente muita gente vai ficar pelo caminho.”
“Inicialmente h� tentativa de manter equipe utilizando ferramentas de suspens�o do trabalho ou diminui��o da carga hor�ria”, disse. “A recupera��o do mercado ser� muito dolorosa. Para voltar o que era vai levar de 12 a 18 meses e infelizmente muita gente vai ficar pelo caminho.”
Exig�ncia
O empres�rio disse que tem notado que o jornalismo tem sido extremamente exigente durante este per�odo. “O jornalista est� trabalhando muito mais do que antes. Em home office ele faz muito mais do que o normal. Tudo � pra ontem”, observou Mayrinck, entendendo que essa urg�ncia faz com que a qualidade do trabalho seja comprometida.
Inova��o
Com as adversidades impostas pela COVID-19, o vice-presidente da Amirt chama aten��o para um per�odo que exige busca por inova��o na formas de oferecer conte�do ao telespectador. “O tempo exige criatividade para sobreviver � crise. Essa readapta��o de formato de m�dia vai acontecer e vamos sair da crise alguns maiores e outros menores do que entrou”, disse. “A gente tem que aprender a desaprender e reaprender”, finalizou.