
O an�ncio oficial foi feito na quarta-feira (22), pelo ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, sem a presen�a de nenhum integrante do Minist�rio da Economia, em coletiva de imprensa no Pal�cio do Planalto - e depois do alerta de dois secret�rios do time de Guedes, ao longo do dia, de que a recupera��o ter� que vir pela m�o do setor privado.
Chamado de Pr�-Brasil, o programa, que chegou a ser apelidado inicialmente de "Plano Marshall brasileiro", prev� um incremento de R$ 300 bilh�es - R$ 250 bilh�es em concess�es e parcerias p�blico-privadas e outros R$ 50 bilh�es de investimento p�blicos. A coordena��o ser� do ministro Braga Netto.
Na reuni�o de ministros para o pr�-lan�amento do plano, Guedes avisou que a recupera��o teria de ser feita com investimento privado e que as �ncoras fiscais, como o teto de gastos (regra que pro�be que as despesas cres�am em ritmo superior � infla��o), deveriam ser mantidas.
Assessores do ministro minimizaram o problema, afirmando que os valores n�o est�o fechados e ser�o ainda definidos "dentro do espa�o fiscal" das despesas discricion�rias, aquelas n�o obrigat�rias que o governo pode administrar.
T�cnicos da �rea econ�mica preveem, agora, uma queda de bra�o para conter o �mpeto por mais gastos, al�m das despesas emergenciais.
Advers�rios do governo no Congresso consideram que o movimento � calculado, inclusive por parte do pr�prio ministro Guedes, para acelerar a recupera��o econ�mica de olho na reelei��o do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. Nessa vis�o, Guedes estaria cedendo � mudan�a de pol�tica para garantir uma recupera��o mais r�pida a tempo da campanha eleitoral.
Entre os integrantes da equipe econ�mica, o descontentamento com as bases do programa n�o � de hoje. O programa est� sendo discutido h� mais de 30 dias entre Braga Netto e minist�rios que tocam obras, sem a participa��o do Minist�rio da Economia.
Braga Neto negou diverg�ncias com a equipe de Guedes e afirmou que a aceita��o do programa foi un�nime em todos os minist�rios. A primeira reuni�o de trabalho ser� na pr�xima sexta-feira, quando cada ministro vai levar as suas propostas.
Antes do an�ncio, o secret�rio de Pol�tica Econ�mica, Adolfo Sachsida, disse que o verdadeiro "Plano Marshall brasileiro" de reconstru��o nacional ser� n�o gastar mais na fase p�s-pandemia da covid-19, mas aumentar a velocidade das privatiza��es, concess�es e a facilita��o do investimento privado em infraestrutura. Defendeu que o Estado n�o � bom guia para a recupera��o econ�mica.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.