
Uma semana ap�s a segunda fase de retomada das atividades econ�micas em Belo Horizonte – iniciada no dia 8 –, a flexibiliza��o do com�rcio parece n�o ter resultado na volta dos clientes �s lojas de bairros.
Comerciantes das regi�es Centro-Sul e Oeste da capital se dividem entre a satisfa��o de poder abrir as portas e a falta de �nimo diante do baixo movimento.
N�o falta preocupa��o dos empres�rios quanto �s medidas sanit�rias. Eles t�m seguido � risca os cuidados recomendados pela Prefeitura de BH no combate � dissemina��o do novo coronav�rus.
Sem aglomera��es e com respeito ao distanciamento, o comerciante Wanderley Franca Montes Junior, de 36 anos, s� pode receber dois clientes por vez em sua loja de acess�rios e utens�lios dom�sticos.
“Tenho que limpar o balc�o toda hora, passar pano de meia em meia hora. O cliente s� entra de m�scara, o �lcool a gente fornece. Se tem mais de dois clientes, pe�o para um deles esperar do lado de fora”, explica.
“Tenho que limpar o balc�o toda hora, passar pano de meia em meia hora. O cliente s� entra de m�scara, o �lcool a gente fornece. Se tem mais de dois clientes, pe�o para um deles esperar do lado de fora”, explica.
A loja, localizada na Avenida Prudente de Morais, ficou fechada por 70 dias. “At� agora est� valendo a pena, porque todo mundo ficou sem comprar nada durante dois meses e pouco. Mas n�o sei se isso vai durar”, observa Wanderley, que, durante esse per�odo, trabalhou com “um bico aqui e outro ali”.
“Sou a favor de abrir o com�rcio, mas a popula��o tem que ter ci�ncia do que t� ocorrendo. N�o adianta nada abrir o com�rcio e ir todo mundo pra rua”, alerta.
“Sou a favor de abrir o com�rcio, mas a popula��o tem que ter ci�ncia do que t� ocorrendo. N�o adianta nada abrir o com�rcio e ir todo mundo pra rua”, alerta.
O comerciante vizinho, Roberto, de 57, n�o precisou paralisar as atividades porque sua principal atua��o � o com�rcio de alimentos. Antes da segunda fase de reabertura, ele s� podia atender do lado de fora.
Ap�s a permiss�o da entrada de clientes na loja, ele tem que ficar atento para controlar o espa�amento entre os clientes. “Tem hora em que n�o tem ningu�m, de repente chegam cinco clientes, a� tem que segurar um pouco o pessoal”, conta o dono de uma loja de itens de conveni�ncia no Bairro Cidade Jardim, Regi�o Centro-Sul de BH.
Ap�s a permiss�o da entrada de clientes na loja, ele tem que ficar atento para controlar o espa�amento entre os clientes. “Tem hora em que n�o tem ningu�m, de repente chegam cinco clientes, a� tem que segurar um pouco o pessoal”, conta o dono de uma loja de itens de conveni�ncia no Bairro Cidade Jardim, Regi�o Centro-Sul de BH.
Com o movimento do delivery refor�ado durante o isolamento social, Roberto tamb�m come�ou a fazer entregas de mercadoria ap�s a chegada da pandemia. E nada de contratar ou demitir, mas trabalhar dobrado.
“O movimento est� aumentando porque tem mais gente circulando. Mas, tivemos que come�ar a fazer delivery porque muita gente n�o sai de casa. A pessoa pede pelo WhatsApp e eu mesmo entrego”, conta o empres�rio.
“O movimento est� aumentando porque tem mais gente circulando. Mas, tivemos que come�ar a fazer delivery porque muita gente n�o sai de casa. A pessoa pede pelo WhatsApp e eu mesmo entrego”, conta o empres�rio.
O motoboy Marcos Fernandes, de 22, faz entregas para um restaurante de massas no Buritis, Regi�o Oeste da capital. Ele conta que no in�cio da pandemia o movimento caiu, mas, logo depois voltou ao normal.
“N�o houve mudan�a significativa com essas novas reaberturas. Boa parte do pessoal que n�o est� trabalhando est� evitando pedir delivery para n�o gastar muito, mas aqui a gente entrega muito para as regi�es chiques”, diz o entregador.
“N�o houve mudan�a significativa com essas novas reaberturas. Boa parte do pessoal que n�o est� trabalhando est� evitando pedir delivery para n�o gastar muito, mas aqui a gente entrega muito para as regi�es chiques”, diz o entregador.
Marcos conta ainda que n�o pode entrar em todos os lugares para entregar as encomendas e que muitos clientes t�m cobrado as medidas de preven��o contra o v�rus.
“H� bastante gente que cobra, por isso eu ando com �lcool em gel. O pessoal tem sido bastante atencioso. Tem consci�ncia de que n�o pode ficar entrando em todo lugar. Em condom�nio, s� subo se a pessoa tiver algum problema de locomo��o”, disse.
“H� bastante gente que cobra, por isso eu ando com �lcool em gel. O pessoal tem sido bastante atencioso. Tem consci�ncia de que n�o pode ficar entrando em todo lugar. Em condom�nio, s� subo se a pessoa tiver algum problema de locomo��o”, disse.
O delivery tamb�m � ainda alternativa para S�vio Gomes, de 47, gerente de um restaurante de comida japonesa na Avenida Aggeo Pio Sobrinho, que, mesmo com receio, j� se preparou para novas reaberturas.
“Est� fazendo falta a reabertura dos bares e restaurantes, mas a gente tem que olhar essa pandemia que est� aumentando. N�o adianta a gente fazer uma reabertura sem ter os planejamentos adequados e depois ter que fechar de novo. Mas que est� fazendo falta, est�”, conta.
“Est� fazendo falta a reabertura dos bares e restaurantes, mas a gente tem que olhar essa pandemia que est� aumentando. N�o adianta a gente fazer uma reabertura sem ter os planejamentos adequados e depois ter que fechar de novo. Mas que est� fazendo falta, est�”, conta.
Segundo o gerente, ele atende entre 20 e 30 pedidos por dia, o que n�o chega perto da lucratividade de quando servia clientes nas mesas.
“Estamos segurando o delivery s� mesmo pra pagar as contas. Pra depois tentar se firmar no mercado. Mas muitos j� n�o aguentaram”, disse, lembrando que n�o percebeu altera��o no movimento com a segunda fase de flexibiliza��o. “� noite, o bairro est� parado. De dia tem um pouco de movimenta��o a�, mas de noite o bairro est� parado.”
“Estamos segurando o delivery s� mesmo pra pagar as contas. Pra depois tentar se firmar no mercado. Mas muitos j� n�o aguentaram”, disse, lembrando que n�o percebeu altera��o no movimento com a segunda fase de flexibiliza��o. “� noite, o bairro est� parado. De dia tem um pouco de movimenta��o a�, mas de noite o bairro est� parado.”

Segunda flexibiliza��o
Segundo a Prefeitura de BH, essa fase contempla 5.323 empresas e 8.137 microempreendedores individuais (MEIs) – atividades que representam cerca de 15 mil empregos formais no munic�pio.Com a inclus�o desses estabelecimentos na flexibiliza��o, somada aos que j� estavam em funcionamento nas fases 1 e de controle, cerca de 89,6% das atividades privadas em BH est�o autorizadas a funcionar, representando a retomada de 91,9% dos empregos.
Desde o dia 8, podem funcionar os seguintes tipos de estabelecimento: artigos usados; artigos esportivos, de camping e afins; cal�ados; artigos de viagem; artigos de joalheria; suvenires, bijuterias e artesanatos; plantas, flores e artigos para animais (exceto com�rcio de animais vivos); bebidas (sem consumo no local); instrumentos musicais e acess�rios; objetos de arte e decora��o; e, tabacaria, armamentos, lubrificantes.
O hor�rio de funcionamento permitido se estende das 11h �s 19h para o com�rcio varejista, e das 5h �s 17h para o atacado.
O hor�rio de funcionamento permitido se estende das 11h �s 19h para o com�rcio varejista, e das 5h �s 17h para o atacado.
Queda geral
As vendas do com�rcio varejista ca�ram 16,8% em abril frente a mar�o, no pa�s, e 14,3% em Minas Gerais, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Houve retra��o nos 27 estados.
O varejo brasileiro acumula perda de R$ 200,71 bilh�es, segundo c�lculos da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC).
A estimativa considera o volume que deixou de ser vendido desde o in�cio das medidas de isolamento social contra a dissemina��o da COVID-19, na segunda quinzena de mar�o, at� a primeira semana deste m�s. A cifra inclui o resultado das atividades de venda de ve�culos e material de constru��o.
O varejo brasileiro acumula perda de R$ 200,71 bilh�es, segundo c�lculos da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC).
A estimativa considera o volume que deixou de ser vendido desde o in�cio das medidas de isolamento social contra a dissemina��o da COVID-19, na segunda quinzena de mar�o, at� a primeira semana deste m�s. A cifra inclui o resultado das atividades de venda de ve�culos e material de constru��o.